A EMEL (Empresa de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa) vai melhorar a sua aplicação que permite o acesso às bicicletas Gira. Esta atualização há muito tempo que era esperada e desejada pelos utilizadores.
Mas nem tudo são “rosas”, uma vez que, em simultâneo, a empresa vai acabar com a possibilidade de aplicações de terceiros funcionarem em perfeita harmonia com a app da EMEL. E esse é um grande “espinho” que vai atingir a comunidade livre de programadores.
Nova versão da App EMEL chega nas próximas semanas
De acordo com as informações divulgadas pelo jornal Público, a app EMEL melhorada deve chegar já nas próximas semanas. O referido órgão de comunicação teve acesso a documentação específica e avança que esta atualização vai custar mais de 19 mil euros à empresa EMEL.
Estes são os honorários cobrados pela empresa que ficará responsável pela atualização da app e também pelo bloqueio a qualquer tentativa exterior de criar uma versão otimizada da app da EMEL.
Com esta atualização, a app mGira do estudante Afonso Hermenegildo que tem já centenas de utilizadores vê a sua vida chegar ao fim, depois apenas de cinco meses no ativo e resultados bastante positivos.
Em declarações ao jornal Público, o jovem estudante afirma que percebe as razões da EMEL, relacionadas com o reforço de segurança, para a atualização da sua app. Mas mostra-se também desiludido por a comunidade de programadores não poder participar na melhoria deste recurso, no futuro.
A resposta da EMEL
Quando contactada pelo jornal Público, a EMEL não adiantou muito mais informação sobre a situação de bloqueio ao acesso de terceiros à sua app.
Assumiu a este órgão de comunicação que já tinham sido identificados “alguns constrangimentos pontuais” na sua aplicação, causados pelo “crescimento de utilizadores da rede Gira”.
A EMEL garantiu também ao Público que tem estado “a implementar medidas com vista a estabilizar e solucionar” os ditos constrangimentos pontuais, com a atualização da sua app a ser uma parte integrante dessas mesmas medidas.