Lançado em 2021, os Subscriptions (Assinaturas) é uma das ferramentas de monetização que o X, antigo Twitter, oferece aos utilizadores de alguns países. Por este meio, uma pessoa pode cobrar uma mensalidade em troca de conteúdo exclusivo para aqueles seguidores que forem assinantes pagantes. Mas, parece que o recurso não vai exatamente bem.
Embora o X não libere o número total de assinantes do Subscriptions, a Fortune teve acesso ao dados do utilizador mais seguido da plataforma: o próprio Elon Musk. Segundo a página, dos 155 milhões de seguidores de Musk, pouco mais de 40 mil estão a pagar por conteúdo exclusivo. Ou seja, o empresário conquistou apenas 0,025% de assinantes entre os seguidores que já acompanham seu conteúdo habitual.
Exigências para criadores de conteúdos caíram com o X
Anteriormente conhecida como Super Follows, o recurso de assinaturas pagas nunca figurou como uma grande fonte de lucro para o Twitter. De acordo com dados do TechCrunch, em 2021 o recurso resultou numa receita de apenas US$ 6.000. Segundo estimativas da Appfigures, em fevereiro de 2022 essa receita atingiu um valor de US$ 530.000. Mesmo com o crescimento, a ferramenta não chegou perto de ser a principal fonte de lucro da plataforma.
Destaque para nessa altura, o Twitter tinha algumas exigências mais fortes para que um utilizador pudesse utilizar o Super Follows. Na época, era necessário o criador de conteúdo ter pelo menos 10 mil seguidores e ter publicado 25 tweets, no mínimo, nos últimos 30 dias. Com o X, o nome da ferramenta para Subcriptions não foi a única coisa que mudou. Agora, o utilizador só precisa ter 500 seguidores, e não há exigência mínima de post.
Além disso, com o Super Follows, os criadores podiam definir uma taxa mensal de US$ 2,99, US$ 4,99 ou US$ 9,99. Com o Subcriptions, os criadores de conteúdo podem escolher o preço a ser cobrado, com valores de até US$ 250. Entre os conteúdos que podem ser produzidos atualmente, estão ainda sessões de áudio ao vivo, chamadas de "espaços exclusivos".
Talvez o baixo número de assinantes pagantes de Musk se deva ao facto do bilionário raramente publicar conteúdo exclusivo. Musk é utilizador assíduo do X e já chegou a publicar até 24 vezes por dia na plataforma. Contudo, desde abril, ele postou apenas sete vezes na área de conteúdo pago, ocupou dois espaços exclusivos e não publica desde o final de junho.
Ou talvez ao recurso Subscriptions realmente não tenha conquistado muita força. Segundo a Fortune, uma fonte familiarizada com o assunto revelou que há vários outros criadores de perfil alto com menos de 5.000 assinantes pagantes no X.
Outras plataformas conseguem atrair mais assinantes pagos
Entre os vários motivos para o baixo sucesso do recurso Subscriptions do X, há ainda a concorrência com plataformas que funcionam de modo muito similar, como o Patreon. Baseada em conteúdos exclusivos para assinantes, o Patreon conta com utilizadores famosos que partilham seus conteúdos diariamente. Segundo os dados da Fortune, a dupla de podcasts cómicos Shane Gillis e Matt McCusker, por exemplo, já acumula quase 70.000 assinantes que pagam entre US$ 1 e US$ 50 por mês.
O X lança cada vez mais novidades para tentar diferentes áreas da economia criativa. Em posts recentes, Musk tentou estimular jornalistas a publicarem os seus artigos diretamente no X, algo que só seria possível por meio de uma conta premium, sem o limite de caracteres das contas gratuitas.
Além disso, recentemente a plataforma anunciou que pode passar a pedir dados biométricos e informações de histórico escolar e dados profissionais dos utilizadores. Esses últimos seriam para uma futura função de indicações para trabalhos e criação de networking, algo similar ao que é feito na rede social LinkedIn, onde também há partilha de conteúdo.
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