Há muito que Elon Musk não esconde as suas ambições de usar a tecnologia para criar projetos disruptivos à escala global, seja ao nível dos transportes, da sustentabilidade e da Inteligência Artificial, até à interação homem/cérebro-máquina e à chamada ‘conquista’ do espaço, por exemplo.
Pois bem, é precisamente no domínio espacial que Musk acaba de reforçar o seu peso: com o lançamento do satélite número 7.000, ocorrido no final da semana passada, Musk tornou-se no homem que mais satélites ‘controla’ no espaço, já que a rede StarLink atualmente em funcionamento representa 62% de todos os satélites operacionais em órbita.
Desde 2019, ano em que foram lançados os primeiros StarLink, a SpaceX colocou no espaço uma média de três satélites por dia, possuindo atualmente 6,370 satélites da constelação StarLink ativos em órbita baixa, além de mais algumas centenas de satélites desativados ou fora de órbita.
A caminho dos 42 mil satélites
Os números foram recentemente avançados num artigo do jornal The Independent, a partir de dados da organização de monitorização de satélites CelesTrak, confirmados pelo próprio Elon Musk com um ‘tweet’ na altura do lançamento mais recente de satélites StarLink, no passado dia 5 de setembro.
“A Starlink constitui agora cerca de 2/3 de todos os satélites ativos da Terra” - escreveu Musk na rede ‘X’, após o foguetão Falcon 9 ter colocado 21 novos satélites a cerca de 550 km acima da terra.
Apesar deste número, faltam ainda muitos satélites StarLink em órbita para que a empresa atinja os planos para o seu projeto global de comunicações, que prevê a colocação de 42 mil satélites no espaço para cobrir “o globo todo”.
Para já a empresa de Musk já possui a maioria dos cerca de 10.300 mil satélites ativos no espaço e está muito acima da principal concorrência, a britânica OneWeb, que tem atualmente 631 satélites ativos.
Ironicamente, esta empresa, subsidiária da gigante francesa de satélites Eutelsat, passou a recorrer aos serviços da Space X para colocar os seus satélites em órbita em 2022, depois de cancelar o contrato com os russos da Soyuz, devido à invasão da Ucrânia.