Ao que tudo indica, Elon Musk e a Tesla estão a ser processados novamente. Desta vez, a acusação é feita pela produtora do Blade Runner 2049, um filme protagonizado por Ryan Gosling, Harrison Ford e Ana de Armas.
Tudo isto porque, alegadamente, Musk e a Tesla terão usado fotografias do filme, que se encontram protegidas por direitos de autor. A acusação refere que estas foram usadas para criar conteúdo de Inteligência Artificial (IA), de forma a promover o Tesla Cybercab.
Musk pediu permissão, mas não a obteve
De acordo com a Mashable, a denúncia feita pelos criadores do filme refere que, efetivamente, Musk e a Tesla pediram permissão para usar uma imagem do filme. O problema é que a Alcon Entertainment, responsável pelo “Blade Runner 2049”, não a concedeu.
Ao que consta, a empresa não só disse que não como “se opôs veementemente” a qualquer ligação do filme com Elon Musk, a Tesla, ou qualquer outra empresa do magnata. Não obtendo aquilo que pretendia, a Alcon refere que a Tesla usou “uma imagem falsa aparentemente gerada por IA para fazer tudo isso de qualquer maneira".
Quanto ao uso de imagens feita pela empresa de Elon Musk, a Alcon ainda destaca que foram usadas algumas das “sequências mais memoráveis” do Blade Runner 2049. Uma delas, segundo a mesma fonte, é de quando “K”, interpretado por Gosling, chega ao deserto em Las Vegas.
No momento em questão, que podes ver a partir dos 5 minutos do vídeo em baixo, Musk faz uma menção ao filme. “Vê-se muitos filmes de ficção científica em que o futuro é sombrio. Não é um futuro em que queremos estar. Eu amo Blade Runner, mas não sei se queremos esse futuro” - refere o CEO da Tesla.
“Má-fé” e “maliciosa”: a estratégia de Musk, segundo a Alcon
Sobre o assunto, a Alcon ainda foi mais à frente e classificou a atitude de Musk como "uma jogada de má-fé e intencionalmente maliciosa". Tudo isto com o objetivo de tornar o evento “mais atraente” e, de forma indevida, ajudar a Tesla a vender o seu produto.
Na queixa apresentada pela Alcon, as razões mencionadas vão para além do espetro corporativo. Como refere a Mashable, a empresa de entretenimento afirma que não quer ligações a Musk por tudo o que este representa.
A marca pretende demarcar-se da postura “problemática” de Elon Musk e considera que é o mais “prudente” fazê-lo. Assim é, por causa do “comportamento massivamente amplificado, altamente politizado, caprichoso e arbitrário de Musk, que às vezes se transforma em discurso de ódio" - refere o processo.