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Eles são peluches e chatbots de IA: comprarias esta novidade polémica?

Startup lança peluches com inteligência artificial que falam com crianças e levantam novas questões sobre imaginação e segurança.

peluches com IA
Imagem: Curio

Os peluches estão a ganhar uma nova vida. E a nova abordagem já está a causar polémica. A Curio, uma startup que se descreve como “uma oficina mágica onde os brinquedos ganham vida”, lançou uma linha de peluches equipados com chatbots de inteligência artificial, pensados para crianças a partir dos 3 anos.

O objetivo? Ser uma alternativa ao tempo de ecrã e, em alguns casos, até à atenção dos pais. Mas será que trocar um tablet ou brinquedos comuns por um peluche inteligente faz mesmo sentido?

Peluches que falam (mesmo) com as crianças

Muitos já tiveram brinquedos que “falavam”, a partir de mensagens gravadas. Mas e se criassem um brinquedo que fala e “pensa”, para realmente conversar com a criança? Essa foi a ideia da Curio.

A proposta é simples e ao mesmo tempo ousada: transformar brinquedos fofinhos em companheiros de conversa. Cada boneco vem com um bolso traseiro com fecho, onde se esconde uma pequena caixa de voz com ligação Wi-Fi.

peluches com IA
Imagem: Curio

Esse módulo liga o peluche a um modelo de linguagem de IA, calibrado para responder de forma natural às perguntas dos miúdos. Entre as primeiras criações estão três personagens:

  • Grem, um cubo felpudo com aspeto de alienígena anime, olhos brilhantes e detalhes rosa-choque no pelo sintético
  • Grok, um foguetão com bochechas vermelhas (que não deve ser confundido com o chatbot homónimo desenvolvido pela xAI)
  • Gabbo, um comando de videojogo em versão peluche

Todos são vendidos por 99 dólares e prometem estimular a imaginação ao mesmo tempo que dão aos pais a sensação de que os filhos estão a brincar de forma mais “produtiva”.

Concorrência e parcerias de peso

A Curio não está sozinha nesta aposta. No mercado já existem propostas semelhantes, como o ChattyBear, um urso de aprendizagem com IA; ou o Poe, um peluche que conta histórias.

E este é apenas o início: a OpenAI anunciou recentemente uma parceria com a Mattel para lançar “produtos com tecnologia de IA” inspirados nas suas marcas icónicas, o que abre caminho para vermos versões inteligentes da “Barbie” ou do “Ken”.

Alternativa ao tempo de ecrã ou apenas mais tecnologia?

A Curio apresenta os seus peluches como um “ajudante” que pode tornar a brincadeira das crianças “mais estimulante”, evitando que passem horas em frente à televisão. Mas a questão que fica é inevitável: substituir uma tecnologia por outra garante realmente um melhor desenvolvimento infantil?

Se momentos de ecrã forem acompanhados e transformados em experiências de partilha familiar, como ver um filme juntos, não terão mais valor do que deixar a criança sozinha com um chatbot dentro de um peluche?

O The New York Times foi direto ao ponto:

“Esses gadgets antropomorfizados dizem às crianças que o ponto final natural para a sua curiosidade está dentro dos seus telemóveis. Agora que esses tipos de personagens estão a entrar nos espaços físicos das crianças, na forma de peluches, o espectro aterrorizante do ‘ecrã’ foi obscurecido, mas a brincadeira ainda está presa a uma coleira tecnológica.”

Imaginação vs. tecnologia

O repórter do NYT relatou uma experiência reveladora:

“Tirei a caixa de voz do Grem e coloquei-a numa gaveta. O alienígena falante transformou-se magicamente de volta num peluche. Deixei-o na sala de brinquedos para os meus filhos descobrirem na manhã seguinte. Quando acordaram, o meu filho mais novo sorriu para o Grem. O meu filho mais velho inventou uma brincadeira em que tinham de fazer cócegas nos joelhos um do outro para reivindicar a guarda do peluche. Olhei com satisfação para os meus filhos, absortos nas suas brincadeiras imaginativas e independentes.”

No final, fica a dúvida: estes peluches inteligentes são ferramentas de apoio, ou apenas mais uma forma de substituir a imaginação infantil por interações controladas por algoritmos?

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Sabryna Esmeraldo
Sabryna Esmeraldo
Sabryna trabalha com comunicação há mais de dez anos e especializou-se a produzir conteúdos e tutoriais sobre aplicações e tecnologia. Consumidora de streamings e redes sociais, adora descobrir as novidades do mundo.
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