Cerca de seis meses após o primeiro o implante cerebral sem fios da Neuralink, de Elon Musk, ter sido aplicado num ser humano, é o próprio paciente a admitir a possibilidade de o chip ser hackeado.
O que poderia parecer um cenário bizarro, apenas explorado por muitas obras de ficção científica, ganha afinal alguma probabilidade real. A partir do momento em que o chip tem de ser ligado a um computador para atualizações e transferência de dados relevantes, fica também suscetível a interferências externas – para o bem, e para o mal!
Possíveis consequências de expor os dados do cérebro
Durante um podcast citado pelo Business Today, Nolan Arbaugh, o paciente voluntário de 29 anos que recebeu o primeiro implante cerebral de sempre, começou pode referir que, para que o hacking aconteça, o chip terá de estar ligado a um computador.
E explicou os potenciais efeitos: “Pelo menos nesta altura, hackear o chip cerebral não faria muita diferença. Talvez conseguissem ver alguns dos sinais cerebrais e os dados que a Neuralink está a recolher e, dessa forma, poderiam talvez controlar o meu cursor no ecrã e fazer-me ver coisas estranhas. Mas é só isso” - refere Arbaugh.
No entanto, o paciente admite ainda que "alguém poderia entrar e olhar as minhas mensagens, e-mails e outras coisas”, mas que, para isso, não o poderiam nunca “fazer sozinhos”.
Apesar desta suscetibilidade, o Business Today garante que Arbaugh está sobretudo empenhado no potencial transformador do chip da Neuralink.
Após ter ficado paralisado dos ombros para baixo devido a uma lesão na medula espinhal, Nolan Arbaugh recebeu o chip cerebral da Neuralink e passou a conseguir controlar e interagir com dispositivos digitais, usando apenas o pensamento.
Em seis meses a experiência já conheceu alguns problemas técnicos, mas a Neuralink assegura estar a trabalhar em atualizações para a sua solução.