A cada ano que passa o smartphone torna-se mais poderoso, com mais recursos e funcionalidades. Mais GB's de RAM, processadores mais potentes, câmaras com mais MegaPixels, ecrãs com maior definição e baterias com mais mAh's. Contudo, nem sempre a sua engenharia e construção acompanha o ritmo de evolução e sofisticação do seu interior, algo que tem implicâncias quando se torna necessário reparar o equipamento.
Caso sejas um curioso, tal como eu, que adora ver os componentes internos do nosso smartphone este é um artigo que atrairá a tua atenção. Chamemos-lhe um estudo comparado da anatomia eletrónica, esta é a área de especialidade dos técnicos da iFixit, uma fonte já habitual e que ainda há poucos dias teve a coragem de abrir uns Apple AirPods, atribuindo-lhes a pior pontuação possível, 0 em 10.
Vê também: iFixit desmontou os Apple AirPods e o resultado foi… zero
Certos produtos não foram concebidos para serem reparados, no caso dos Apple AirPods compreendo que, tendo em conta as suas dimensões seria impossível (ou pelo menos extremamente difícil) providenciar algum grau de acessibilidade ao seu interior. Contudo, devemos sempre evitar produtos "lacrados", produtos que, mais tarde ou mais cedo, fiquem inoperacionais.
O grau de reparabilidade, a facilidade com que um equipamento pode ser reparado, é um factor que a maioria dos consumidores não leva em conta na hora da compra e que muitas vezes, depois de algo avariar ou algo quebrar, acaba por ser relevante, quanto muito não seja para o técnico ou para o serviço de assistência.
Ora, se os Apple AirPods foram o equipamento com menor pontuação no ranking da iFixit, muitos outros equipamentos passaram pelas suas mãos ao longo deste ano que está prestes a terminar. Podemos ver aqui um infográfico com a pontuação dos smartphones mais populares.
O LG G5 arrecada assim a distinção de smartphone mais fácil de reparar em 2016. Com 8 em 10 pontos é fácil desmontar este terminal e relativamente simples trocar algum dos seus componentes em caso de avaria ou dano, algo que até o consumidor normal poderia fazer um casa.
Em suma, a filosofia modular deste smartphone causou bastante agitação quando foi apresentado ao mundo durante a MWC 2016 e, apesar de não ter granjeado tanta popularidade junto dos consumidores, não deixa de ser uma proeza de engenharia e um produto de que a marca se pode orgulhar por terem arriscado nesta abordagem inédita ao conceito de smartphone.
Vemos também que os principais smartphone da Samsung não são nada fáceis de desmontar e/ou reparar devido à sua construção selada em vidro, ao passo que o novo Google Pixel se portou bastante bem. Já o iPhone ficou a meio da tabela.
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