O presidente dos Estados Unidos já habituou os seus seguidores no Twitter – e o mundo em geral – a ideias no mínimo com pouco sentido. Numa semana em que muito se tem falado da tecnologia 5G, Donald Trump publicou um tweet em que pede às empresas americanas para se apressarem a desenvolver o 5G... e o 6G.
Parece brincadeira, mas não é. Donald Trump falou mesmo em 6G. Se contextualizarmos percebemos, inegavelmente, que o presidente vai apanhar uma desilusão quando lhe explicarem como isto funciona. O 5G começou a ser trabalhado em 2011 (e ainda nem está finalizado). Ou seja, passaram 8 anos.
Ainda que o presidente fique por mais um mandato no cargo mais importante do mundo, não deve esperar que algo com 6G seja lançado nesse espaço temporal. Alguém deve explicar ao presidente que muito provavelmente nem daqui a dez anos teremos tal tecnologia cá fora.
A grande preocupação de Trump é com a China. Empresas como a Huawei mostram-se na vanguarda desta tecnologia e isso preocupa o presidente dos Estados Unidos. Aliás, o ano passado o governo dos Estados Unidos ponderou desenvolver o seu próprio serviço de 5G. Como é óbvio, a ideia não foi para a frente.
“Quero que os Estados Unidos ganhem à competição, não impedindo as tecnologias mais avançadas da atualidade”, acabaria por tweetar Trump. Algo que acaba por ser contraditório. Já que a administração do atual presidente considerou impedir as empresas de lançar produtos 5G no país.
Donald Trump mostra que nada sabe sobre esta tecnologia
Em síntese, estes tweets mostram várias coisas. Primeiramente, ignorância. O 6G não é sequer uma possibilidade num futuro próximo. Depois, a contradição. Trump mostra-se contra a entrada da Huawei no país, por exemplo. Mas acaba por dizer que não quer impedir a entrada das tecnologias mais avançadas em solo americano.
Contudo, esta é também uma mensagem para as empresas americanas. Trump parece querer dizer que as companhias dos Estados Unidos devem começar já a desenvolver algo impossível de desenvolver. Até porque, se não o fizerem, o presidente teme que voltem a ficar para trás no lançamento da ‘próxima grande cena’.
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