Dinamarca apresenta o primeiro cargueiro “verde” do mundo

Mónica Marques
Mónica Marques
Tempo de leitura: 2 min.

A Dinamarca acaba de dar a conhecer o primeiro cargueiro “verde” de transporte de mercadorias do mundo.

O navio funciona completamente a metanol verde, mas apresenta alguns desafios na segurança e nos custos.

Combustível verde vai poupar 2,75 milhões de toneladas de CO2 por ano

Today, a large cargo vessel sailing entirely on green methanol is not only possible.It’s a reality.What you have achieved needed vision, leadership and joining forces ↓ https://t.co/3gyuxlAVaZ

— Ursula von der Leyen (@vonderleyen) 14 de setembro de 2023

Chama-se Laura Maersk e é o primeiro cargueiro verde do mundo. A madrinha deste inovador navio foi Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, que mostrou-se bastante satisfeita com este meio de transporte por ser pioneiro na luta contra as alterações climáticas.

O cargueiro Laura Maersk tem 172 metros de comprimento e é o primeiro de 25 navios da Maresk, empresa proprietária, que vão ser alimentados a metanol verde e que vão começar a operar em 2023.

Esta frota pode poupar cerca de 2,75 milhões de toneladas de CO2 por ano. Recorde-se que atualmente a indústria naval internacional produz cerca de 3% das emissões de gases com efeitos de estufa.

Metanol verde tem alguns problemas na segurança e nos custos

O metanol é um líquido sem cor que pode funcionar como combustível para motores. É considerado verde quando é produzido a partir de substâncias de baixo carbono, como são o hidrogénio e a biomassa. De acordo com o Instituto do Metanol, este combustível verde pode reduzir as emissões de CO2 entre 60 a 95%.

Mas o Fórum Económico Mundial chama a atenção para alguns problemas na utilização deste combustível, ainda que reconheça os seus benefícios. Diz esta autoridade que os custos de produção do metanol verde são mais elevados do que os custos de fabrico do metanol a partir de combustíveis fósseis.

Por outro lado, a segurança é também uma fonte de preocupação. Tudo porque este combustível é tóxico, inflamável e potencialmente explosivo. O seu armazenamento e transporte terá de ser feito com medidas adicionais de segurança.

Editores 4gnews recomendam:

Mónica Marques
Mónica Marques
Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt