
Os dados mais recentes da ANACOM, referentes ao final do terceiro trimestre de 2025, mostram quem manda nas telecomunicações em Portugal. O mercado continua a crescer, com o número de subscritores de pacotes de serviços a atingir os 4,8 milhões, o que representa uma subida de 0,9% face ao ano anterior. No entanto, a preferência dos portugueses recai maioritariamente sobre uma operadora, embora a concorrência esteja cada vez mais renhida nas receitas.
MEO continua a liderar o mercado português de telecomunicações
A MEO mantém a sua posição de liderança incontestada no que toca ao número de clientes. A operadora da Altice detém a maior quota de subscritores de serviços em pacote, com 41,7%, conseguindo manter a sua posição face ao ano anterior. Em segundo lugar surge o Grupo NOS, com 34,9%, seguido pela Vodafone com 20,4% e o Grupo DIGI/NOWO, que começa a aparecer nas contas com 2,8%.
É interessante notar que, apesar de ter menos clientes que a MEO, a NOS tem um desempenho notável nas receitas, especialmente no mercado doméstico. O Grupo NOS lidera a quota de receitas no segmento residencial com 39,8% e domina nos pacotes mais completos (4/5P) com 43,1%. Este dado ganha relevância quando recordamos que a NOS é também a operadora que se destaca nas reclamações em Portugal pelos melhores motivos, sendo a que menos queixas recebe proporcionalmente.
Ofertas 4 e 5P são as preferidas dos portugueses
O comportamento dos consumidores também está a mudar. As ofertas "tudo em um" (4/5P), que juntam televisão, internet, telefone e telemóvel, são as preferidas, representando já 60,2% do total de subscritores. Em contrapartida, os pacotes mais simples de três serviços (3P) sofreram a maior queda da última década.
No campo financeiro, as receitas dos pacotes atingiram 1,7 mil milhões de euros, mas o crescimento foi tímido (0,9%), o mais baixo desde 2018. A fatura média mensal por pacote situou-se nos 39,70 euros, registando uma ligeira descida de 0,4%. Esta estagnação nas receitas e ligeira descida nos preços reflete a pressão concorrencial no mercado, onde já sabemos que este foi o grande impacto da DIGI para MEO, NOS e Vodafone em Portugal, provocando um abanão nas ofertas comerciais.
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