A DIGI chegou há mais de um mês ao mercado português e, até agora, não houve mais declarações oficiais por parte da operadora. Esse silêncio terminou esta semana com Urbino Miguel, diretor comercial da DIGI, a dar uma entrevista ao podcast Contas Poupança de Pedro Andersson.
Nesta entrevista foram abordados os temas quentes deste primeiro mês no mercado. Do que já foi feito até ao que precisa ser melhorado, há uma frase de Urbino Miguel que é bastante sonante: "nós não nos posicionamos como lowcost". Isto perante o facto MEO, NOS e Vodafone terem respondido aos tarifários da DIGI com as suas operadoras lowcost Uzo, Woo e Amigo.
Para o diretor comercial da DIGI, este primeiro mês de atividade no mercado da DIGI correu "acima das expectativas". Foi imediatamente notada uma "enorme afluência do consumidor português aos nossos pontos de venda" e é admitido que os portugueses "são consumidores exigentes".
Com a chegada da DIGI ao nosso país, o porta-voz da operadora refere que já sentiam "junto dos consumidores que eles já pediam uma alternativa". Para o executivo, a DIGI chega com uma "estratégia diferenciada" que "assenta fundamentalmente em qualidade de serviço e condições justas para o consumidor".
"Não está prevista qualquer alteração de preços nesta fase", afirma
Quando questionado sobre possíveis aumentos em janeiro, por conta da inflação, afirma que "não está prevista qualquer alteração de preços nesta fase". Além disso, face ao que foi apresentado em novembro, refere ainda que "não vamos ter alterações de tarifário regulares".
É reforçado que a DIGI esteve a construir a infraestrutura móvel e fixa nos últimos três anos e que "está cá para ficar, a longo prazo". Segundo o diretor comercial, a em termos de fibra ótica já chegam a mais de 2 milhões de lares e a sua estrutura móvel tem mais de 3500 antenas.
É claro, o objetivo da DIGI agora passa por chegar a cada vez mais consumidores. Quanto à ausência de canais como a SIC e a CMTV na grelha, afirma que estão em conversações com essas entidades, já que "o objetivo é ter mais canais e mais conteúdos desde que essa negociação seja também ela justa para a DIGI".
Prefere não fazer avaliação da resposta da concorrência e remata que "nós não nos posicionamos como lowcost. Não nos sentimos uma empresa lowcost". Afirma que "há sempre pontos a melhorar", mas como a DIGI está para ficar no longo prazo, há "uma perspetiva de melhoria contínua".