Portugal prepara-se para receber a oferta comercial da operadora romena Digi. A operadora tem feito sucesso em Espanha e espera-se que replique essa fórmula de qualidade a preços acessíveis, num mercado português que tem sido dominado por três operadoras (NOS, MEO e Vodafone). Mas há três razões principais a travar a operadora.
É certo que a Digi terá de avançar com a sua oferta comercial até ao final de novembro. Esta ideia foi novamente relembrada pelo vice-presidente, Valentin Popoviciu, durante a 11.ª conferência da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM). Citado, pelo jornal Eco, refletiu sobre o que está a travar a chegada da operadora.
1. Roaming
A Digi pretende chegar a acordo com as restantes operadoras para o roaming nacional. Mas Popoviciu afirma que “as condições comerciais que conseguimos obter não estavam de acordo com as nossas expectativas”.
As rivais estarão a pedir mais do que a Digi pretende pagar, “mas estamos abertos caso os outros operadores melhorem as ofertas”, segundo o executivo. O facto de não existirem acordos poderá levar a Digi a agilizar o desenvolvimento da rede própria.
2. Televisão
Os serviços da Digi não se resumirão a redes móveis e internet fixa. Ter serviço de televisão também é um objetivo, mas a operadora estará com dificuldades em ter acesso a alguns dos canais mais populares em Portugal.
Segundo o Eco, as maiores dificuldades terão chegado dos grupos que detêm a SIC e a TVI. No entanto, Popoviciu fala em “discussões construtivas com todos os canais” e espera “poder finalizar essas discussões muito em breve”.
3. Rede no metro
A cobertura de rede no Metro de Lisboa é outra dos problemas que está a afetar a Digi. Popoviciu referiu que foram iniciadas discussões, “mas ainda não conseguimos encontrar a solução certa para os direitos”. Ao que é revelado, existe um sistema antigo construído pelas outros operadores.
Para o utilizar, “é necessária a aprovação de todos os operadores, e quando se utiliza esse sistema em comum com mais operadores, é necessário efetuar algumas alterações”, refere. A Digi pretende assim construir o seu próprio sistema, baseado em fibra, mas precisa “da aprovação da empresa do Metropolitano”. E o mesmo problema deverá ocorrer no Metro do Porto.
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