Já faz alguns anos do desastre de Fukushima, no Japão, e é com tudo menos saudade que se guarda esse acontecimento na história. Ainda assim, há novidades relacionadas com esse episódio, já que há uma nova forma de remover o conteúdo nuclear derretido.
De acordo com a AP News, há um robot que tem a capacidade de recuperar esses pedaços de combustível alusivos aos reatores que foram danificados. Estima-se que tal operação comece a acontecer até ao final do ano.
Os trabalhos já vão acontecer com um atraso de dois anos
Ao que tudo indica, os trabalhos serão levados a cabo pela Tokyo Electric Power Company Holdings (TEPCO). A empresa tem o objetivo de fazer os testes até outubro, no entanto a ação peca por tardia.
Segundo a mesma fonte, este trabalho já vai chegar com um atraso superior a dois anos. O expectável era que, no final de 2021, se tivesse começado a remover o combustível derretido da zona em questão.
No entanto, o processo tem sido atrasado pelos grandes estragos que o desastre em questão provocou. Recorde-se que o terramoto e tsunami sentido em terras nipónicas ultrapassou a magnitude de 9,0.
Por enquanto, a fase é de testes e de demonstrações de como esta tecnologia irá operar. Recentemente, foi feito um teste na cidade de Kobe, no Japão, com um dispositivo baseado em pinças. Este terá descido até um pedaço de cascalho e removeu um fragmento.
Estima-se que ainda existam 880 toneladas de combustível nos reatores
Sobre o assunto, o gerente do grupo TEPCO para o programa de recuperação de detritos de combustível realça que é importante que os testes sejam feitos de forma cautelosa e, essencialmente, segura.
“Acreditamos que o próximo teste de remoção de detritos de combustível da Unidade 2 é um passo extremamente importante para realizar de forma constante futuros trabalhos de descomissionamento” - acrescenta Yusuke Nakagawa, citado pela mesma fonte.
Ao todo, estima-se que ainda permaneçam dentro dos reatores cerca de 880 toneladas de combustível nuclear derretido. Como é possível ver pelos números, tratam-se de quantidades muito grandes que o governo japonês e o TEPCO conta extinguir em 30 ou 40 anos.
O problema é que os especialistas na área não ficaram muito convencidos com essa previsão. Estes acreditam que pode demorar muito mais.