DeepSeek já está a usar chips da Huawei

Pedro Alves
Pedro Alves
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Depois das discussões sobre a eficiência e a privacidade associadas ao DeepSeek, o hype à volta deste novo modelo de IA Generativa chega agora ao Universo dos chips e dos processadores.

Em disputa voltam a estar empresas chinesas e norte-americanas, num aparente frente-a-frente que envolve a Nvidia e a Huawei, com os respetivos chips usados para alimentar os modelos de IA a servir de argumentos.

Notícias recentes dão conta de que a versão do modelo agora disponibilizado – o DeepSeek R1 - está a ser alimentado por chips da Huawei, em concreto a versão Ascend 910C, que ganha assim créditos adicionais pelo sucesso que o novo modelo de IA está a ter.

Chips concorrentes, ou complementares?

DeepSeek já usa chips da Huawei
A informação inicial partiu de um post do especialista em IA @Dorialexander, na sua conta do X.

A informação está a ser avançada pelo especialista em IA @Dorialexander na sua conta do X, que fala do papel dos diferentes chips na construção e disponibilização do R1.

“Penso que isto deveria ser uma história muito mais importante: o DeepSeek foi treinado no Nvidia H800, mas está a fazer inferência nos novos chips chineses fabricados pela Huawei, o 910C”.

Segundo o GSMArena, isto significa que a DeepSeek usou a tecnologia de processamento da Nvidia no processo de treino do seu modelo de linguagem. Basicamente, nesta fase procede-se ao ‘ensino’ o modelo de IA a concluir tarefas, através da introdução massiva de dados, o que exige elevadas capacidades de processamento.

Já a inferência é o processo de utilização propriamente dita desse modelo, que vai aplicar os padrões ‘aprendidos’ para gerar respostas, conteúdos e tomar decisões. A mesma fonte refere que é nesta fase que o chip 910C da Huawei está a ser usado, sobretudo pelos custos de utilização.

Em jeito de comparação, o site Huawei Central refere que modelo o1 da OpenAI custa US$15 por milhão de entradas, enquanto o DeepSeek se fica pelos US$ 0,55.

DeepSeek já usa chips da Huawei

No entanto, a utilização dos chips de ambos os fabricantes continua a estar dependente das melhores versões para cada etapa e, nesse contexto, o site fala em novidades a caminho: a Huawei está a preparar o Ascend 920C, mais potente, que servirá como resposta ao Blackwell B200, “o principal chipset da Nvidia para operações de IA”.

Olhando para o preço e para a eficiência conseguida, os processadores da Huawei para IA parecem começar a tomar a dianteira face às soluções da Nvidia. Resta saber se serão suficientes para assegurar a potência necessária à sua construção.

Pedro Alves
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À paixão da escrita juntou a da Tecnologia e fez disso profissão durante duas décadas.