Se dúvidas houvesse acerca da supremacia das marcas chinesas no mercado global de carros elétricos, um novo estudo acabado de divulgar revela um domínio esmagador nos primeiros seis meses deste ano.
Das dez marcas de VE mais vendidas entre janeiro e agosto de 2024, apenas duas não são chinesas – e várias marcas não primam propriamente por ser muito conhecidas pelo consumidor português comum.
O Estudo refere que durante esse período foram vendidos em todo o mundo 58,2 milhões de automóveis, dos quais 10.4% são carros totalmente elétricos.
Indústria chinesa acima dos 60%
Informação divulgada pelo CarNewChina.com indica que nos primeiros oito meses de 2024 as marcas chinesas de automóveis elétricos representaram 62% do total de vendas a nível mundial.
As responsáveis por estes resultados são alguns fabricantes já conhecidos dos mercados ocidentais – BYD, Geely, SAIC Motor ou Leapmotor (Grupo Stellantis), por exemplo, mas demonstram sobretudo um verdadeiro ecossistema de marcas e fabricantes que partem da Ásia para conquistar o mercado global.
A China manteve assim a quota de mercado registada em 2023, consolidando uma presença de liderança no que teve início no período de 2017-2018. O estudo mostra que nesse biénio as vendas representaram 60% do total, baixaram para 48% em 2020, recuperando depois para 65% em 2022.
O quadro seguinte permite perceber a evolução da quota de mercado das dez marcas de carros elétricos mais vendidos a nível global.
Tesla e Volkswagen resistem ao domínio asiático
Entre o top 10 das marcas mais vendidas a BYD e Tesla dividem a liderança, com a marca de Elon Musk a apresentar a maior quota de mercado desde 2019, mas agora ensombrada pelo crescimento consolidado do fabricante chinês - que terá ultrapassado a Tesla já no terceiro trimestre deste ano.
A única marca europeia a marcar presença nesta lista é a Volkswagen, que este ano tem mantido uma quota de mercado global a oscilar entre os 6,5% e os 6,9%, dependendo do trimestre.
Os dados mostram que a quota de mercado do Grupo Alemão deverá descer ligeiramente face a 2023, num trajeto algo sinuoso que chegou a atingir os 10,5%.