A crise global de escassez de componentes já levou muitas marcas como a Apple e a Samsung a alterarem as suas estratégias de negócio.
Agora, o CEO da Qualcomm veio a público partilhar uma mensagem de esperança, afirmando que a crise pode abrandar já no próximo ano.
CEO da Qualcomm afirma que a crise de chips pode abrandar em 2022
A crise global de escassez de componentes tem afetado as mais variadas áreas de negócio, sendo que o mercado da eletrónica de consumo tem sentido fortemente os seus reflexos. Várias marcas líderes neste mercado, como a Apple e a Samsung, foram já obrigadas a rever e a alterar as suas estratégias de negócio para fazer frente à escassez de componentes.
Mas parece que existe uma luz de esperança para o futuro. Pelo menos, a acreditar nas palavras do CEO da Qualcomm, que foram agora divulgadas, e que transmitem uma mensagem otimista e cheia de esperança.
O site The Elec partilhou um memorando do CEO da Qualcomm, Cristiano Amon, no qual este afirma que a escassez de chips parece estar a diminuir e que a situação deve melhorar já no próximo ano.
Nas palavras de Amon: "a oferta melhorou este ano em relação a 2020 e é expectável que a situação melhore ainda mais em 2022, especialmente em comparação com o ano de 2020". Para o CEO da Qualcomm, a crise global de chips parece estar a abrandar e, em breve, o mercado pode refletir uma melhoria relativamente a anos anteriores.
Intel e Arm preveem que a crise se mantenha e até piore
Mas há quem não seja tão otimista e veja o futuro com alguma reserva, como é o caso do CEO da Intel, Pat Gelsinger. Em declarações feitas publicamente no passado dia 2 de dezembro, este responsável encara o futuro com algum ceticismo e avança que a crise global de chips deve manter-se até 2023.
Também o CEO da Arm, Simon Segars, já veio a público mostrar a sua descrença numa resolução a curto prazo, ao afirmar inclusive que a situação deve piorar antes de melhorar.
A MediaTek mantém-se em silêncio sobre este assunto, mas recorde-se que esta fabricante de chips até conseguiu aumentar a sua quota de mercado, em plena crise. E, talvez, seja essa a razão do seu silêncio sobre esta temática.
Apple, Xiaomi e Samsung já foram afetadas pela crise global de escassez de componentes
Tal como já referimos, várias marcas foram obrigadas a alterar os seus planos de negócio para 2021, devido à atual situação de escassez de componentes que o mercado vive. Por exemplo, a Samsung prevê aumentar a produção do seu chip proprietário Exynos para diminuir a sua dependência de terceiros.
Já a Apple informou recentemente os seus fornecedores de que vai reduzir a produção do iPhone 13 em até 10 milhões de unidades, devido à falta de componentes. A produção do modelo vai assim ficar abaixo dos 90 milhões de unidades durante este ano. No entanto, e numa perspetiva também otimista, a empresa de Cupertino acredita que a recuperação chega já em 2022.
Por sua vez, a Xiaomi também já assumiu que não está a passar imune a esta crise. Numa conferência de divulgação dos seus resultados financeiros do terceiro trimestre de 2021, a marca chinesa assumiu que a sua ligeira queda na quota de mercado estava diretamente relacionada com a atual escassez de componentes.
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