O mercado global de smartphones continua a derrapar em 2022. Segundo o novo relatório da agência de análise de mercado Counterpoint Research, as vendas caíram 4% na ótica mensal e 10% numa visão anual do mercado.
Mais concretamente, em maio de 2022 foi registado um novo mínimo com a quebra de 4% face ao mês anterior. Aliás, foi o segundo mês consecutivo em que o mercado de smartphones derrapou este ano. Por outro lado, a quebra anual é ainda mais acentuada.
Inflação, desaceleração da China e Guerra na Ucrânia
A tríade maldita estará a causar um abrandamento similar ao sentido em 2020 fruto da pandemia da COVID 19. O relatório da agência de análise de mercado aponta maio como o segundo mês de quebras consecutivas no mercado mobile.
Entre os fatores que mais têm contribuído para esta derrapagem está a desaceleração da economia chinesa, bem como a inflação global que tem afetado vários mercados. Para além disso, o conflito na Ucrânia levantou novas preocupações e afetou de modo particular o mercado europeu.
Mais concretamente, em maio de 2022 o volume global de vendas de smartphones caiu para 96 milhões de unidades. Ainda de acordo com a Counterpoint esta é a primeira vez desde 2020 e da crise pandémica que o volume de vendas mensais fica aquém dos 100 milhões de unidades.
Mercado de smartphones deverá continuar a cair ao longo de 2022
As previsões dos analistas da Counterpoint são pessimistas. Segundo a agência, o mercado global de smartphones continuará a derrapar ao longo do verão e possivelmente até ao final do ano. Em particular, devido ao mercado premium e ultra-premium.
"A procura por um smartphone, em particular nas economias mais desenvolvidas, é estimulada pela lógica da substituição e upgrade. Desse modo, é uma compra discricionária, ou seja, não motivada pela necessidade. Portanto, considerando a inflação global e outros fatores económicos, o clima de pessimismo leva a que o consumidor adie uma compra não estritamente necessária", aponta Tarun Pathak, diretor de pesquisa na Counterpoint.
Em valor e volume, o segmento ultra premium é cada vez mais importante
Ainda assim, a Counterpoint acredita que nos últimos meses do ano o mercado possa reanimar. Para tal deverão contribuir os novos Apple iPhone 14, bem como um estímulo da economia chinesa. Entretanto, a agência aponta ainda que é no segmento ultra premium que se concentra o maior volume de vendas de smartphones "caros", um dos segmentos mais importantes do mercado.
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