Condução autónoma mais segura do que condutores humanos? Novo estudo diz que sim

Mónica Marques
Mónica Marques
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A condução autónoma está cada vez mais perto de se tornar uma realidade nas estradas de todo o mundo. Mas a segurança continua a ser uma preocupação relativamente a esta tecnologia.

Agora, um novo estudo vem mostrar que a condução autónoma pode ser bastante mais segura do que a condução operada por seres humanos. E os números são impressionantes.

Condução autónoma com menos 92% de situações rodoviárias com ferimentos

O novo estudo foi realizado pela Waymo, empresa de robotáxis, em conjunto com o grupo internacional de seguros Swiss Re que comprova esta nova teoria com números significativos.

Os resultados mostram que os veículos autónomos registaram menos 92% de situações rodoviárias com ferimentos e também uma redução de 88% de situações com danos materiais. Tudo quando comparados à condução não autónoma, operada por condutores humanos.

Para chegarem a estes dados, as empresas analisaram dados de condução de milhões de quilómetros e centenas de milhares de reivindicações de seguros.

Para uma melhor perceção dos resultados, o estudo mostra que em 40,7 milhões de quilómetros percorridos pela condução autónoma da Waymo, os veículos estiveram envolvidos em apenas nove situações com danos materiais e duas com ferimentos.

Na mesma distância, os condutores humanos registaram 78 situações com danos materiais e 26 com ferimentos.

Ainda que sejam acrescentados os novos sistemas avançados de assistência ao condutor, a condução autónoma continua a provar ser mais segura com uma redução de 86% em danos materiais e 90% em ferimentos.

Alguns fatores cruciais não foram tidos em conta

Ainda que este estudo seja bastante animador para os adeptos de condução autónoma, alguns fatores cruciais não foram tidos em conta.

Por exemplo, os dados divulgados vêm sobretudo dos EUA que regista condições de condução, clima, tráfego e velocidade específicas. Os robotáxis da Waymo, por sua vez, estão limitados a circular por uma área limitada e com uma velocidade reduzida.

Mais: estes veículos de condução autónoma também não circulam em áreas com um clima mais perigoso, como é o caso da neve e/ou gelo.

Os dados são animadores, mas quando sujeitos às mesmas condições de condução que os seres humanos, os robotáxis da Waymo podem não fornecer resultados tão entusiasmantes.

Mónica Marques
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Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt