A disputa entre construtores automóvel pela concretização do conceito de condução totalmente autónoma continua ao rubro e o nível 3 do standard da Society of Automotive Engineers (SAE) é agora o estágio a consolidar pela maioria das marcas.
É o caso da Ford, que acaba de anunciar ter atingido o Nível 3 de autonomia de condução, que basicamente permite ao condutor ‘tirar as mãos do volante e os olhos da estrada’, mantendo a supervisão e a prontidão para regressar aos comandos do veículo.
No entanto, a disponibilização comercial desta capacidade nos veículos do construtor norte-americano está ainda distante, tal como a maioria dos fabricantes, que apontam para 2026 o ano de todas as mudanças.
Sistema de navegação líder
Em entrevista recente à Bloomberg TV citada pelo Electrek, o CEO da Ford confirmou que a empresa está a efetuar testes integrais com veículos baseados em sistemas de condução autónoma de Nível 3, embora reconheça que ainda num estágio de protótipo.
Segundo Jim Farley, a concretização comercial deste sistema em veículos elétricos Ford está a cerca de dois anos de distância:
“Já estamos muito perto. Podemos fazê-lo agora com bastante regularidade com um protótipo, mas conseguirmos fazê-lo de forma económica é exatamente o próximo passo que precisamos de dar.”
O mesmo responsável explicou também à Bloomberg TV que “a autonomia de Nível 3 permitirá que tiremos as mãos e os olhos da estrada dentro de alguns anos”, por exemplo, permitindo tornar o nosso carro num escritório. “Poderemos fazer uma teleconferência e todo tipo de coisas” - concluiu o CEO da Ford.
Enquanto não coloca no mercado um EV com um sistema de Nível 3, a Ford vai disponibilizando nos seus veículos o BlueCruise (Nível 2), considerado em 2023 pela norte-americana Consumer Reports como o melhor sistema de ajuda à condução - à frente do Super Cruise, da GM, e bem destacado do Autopilot, da Tesla.
Na Europa BMW e Mercedes-Benz juntam-se aos testes e à disputa pelo desenvolvimento de EV baseados em sistemas de Nível 3.