
A Midjourney entrou oficialmente na corrida dos vídeos gerados por inteligência artificial. A conhecida plataforma, que já conquistou uma legião de utilizadores com imagens realistas criadas a partir de texto, lançou agora o seu primeiro modelo de vídeo.
A novidade permite animar imagens criadas na própria Midjourney ou importadas de fora e transformá-las em pequenos clips de cinco segundos, com possibilidade de extensão. Só que, como sempre acontece neste universo da IA, a inovação veio acompanhada de polémica.
Vídeos com IA: primeiros passos, mas já funcionais
O novo modelo de vídeo da Midjourney ainda está numa fase inicial, mas já permite criar clips animados a partir de imagens estáticas. Os vídeos, com duração padrão de 5 segundos, podem ser prolongados em blocos de 4 segundos, até 4 vezes, ou seja, até 21 segundos no total.
Por enquanto, a funcionalidade está disponível apenas na versão web e requer uma assinatura paga de, no mínimo, 10 dólares por mês.
Concorrência forte no terreno da IA em vídeo
A chegada da Midjourney ao território do vídeo acontece num momento de forte movimentação do sector. Durante a mais recente conferência I/O, a Google apresentou três modelos dedicados à geração de vídeo com IA, além do Flow, uma ferramenta pensada especificamente para cineastas.
O Sora, por sua vez, permite gerar vídeos com mais de um minuto de duração a partir de texto, enquanto o Firefly da Adobe já se encontra em beta público e suporta prompts de texto e imagem.
Processo por direitos de autor complica o cenário
Apesar da expetativa em torno da nova ferramenta, o lançamento surge num momento sensível para a Midjourney. Na semana passada, a empresa foi processada pela Disney e pela NBCUniversal, que alegam que os modelos da startup foram treinados ilegalmente com obras protegidas por direitos de autor.
O processo levanta novamente a discussão sobre os limites do uso de conteúdo protegido na era da inteligência artificial generativa.
A empresa, por sua vez, respondeu de forma discreta, pedindo apenas que os utilizadores “usem estas tecnologias com responsabilidade”, de modo a evitar problemas, algo que soa tanto como apelo ético quanto como cautela legal.
Com esta nova função de animação, a Midjourney reforça o seu lugar entre as plataformas criativas baseadas em IA. O lançamento mostra que a empresa não pretende ficar para trás, mesmo num campo cada vez mais dominado por pesos-pesados como a Google, a OpenAI e a Adobe.
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