Compras na Temu? Muito cuidado que há suspeitas graves de segurança

Luís Guedes
Luís Guedes
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Se fazes compras online com frequência, então muito possivelmente já ouviste falar sobre a Temu. A app da China tornou-se extremamente popular em todo o mundo, mas há um grande problema relacionado com malware perigoso.

Aparentemente, o site pode estar a monetizar uma grande parte dos dados dos utilizadores que, naturalmente, não concordaram com isso. A alegação foi feita pelo procurador-geral do Arkansas, numa ação judicial levantada esta semana.

De acordo com a Ars Technica, Tim Griffin refere que o próprio design do site faz com que a marca consiga "obter acesso irrestrito ao sistema operativo do telemóvel de um utilizador, incluindo, mas não se limitando a, câmara de um user, localização específica, contactos, mensagens de texto, documentos e outras aplicações".

São acusações bastante graves, mas Griffin parece convicto da posição que defende. Segundo o próprio, o site de compras online em questão "foi projetado para tornar esse acesso expansivo indetetável, mesmo por users sofisticados".

Griffin acredita que a plataforma de compras é um meio para chegar ao fim de vender dados dos users

Temuu

Sendo verdade ou não, é uma dúvida que fica no ar e que deixa muitos compradores de pé atrás, por receio de se verem expostos sem saberem. O medo de Griffin é que os utilizadores possam ficar sujeitos a riscos de privacidade tremendos, que provavelmente nem imaginam.

Trocando isto por miúdos, o que este acredita que acontece é: a Temu acede aos dados privados das pessoas, vende-os a terceiros e lucra imensamente com isso mesmo. Escusado será dizer que, a confirmar-se, é um procedimento tudo menos seguro para quem compra na Temu.

Na ótica de Griffin, o que a Temu faz é aliciar os compradores com preços muito simpáticos, de forma a que estes tenham vontade de fazer registo e de dar os seus dados. O mais curioso é que têm existido centenas de reclamações sobre a qualidade dos produtos, pelo que Griffin considera que o objetivo da marca nem sequer é ser uma boa plataforma de vendas.

Este acredita que a Temu é um meio para atingir o fim principal: obter os dados dos utilizadores. Ao que tudo indica, os investigadores têm concordado com a posição de Griffin e formularam uma hipótese acerca da plataforma.

“Suspeitamos fortemente que Temu já está, ou pretende vender ilegalmente, dados roubados de clientes de países ocidentais para sustentar um modelo de negócios que de outra forma está fadado ao fracasso” - referem (via Ars Technica).

Temu nega qualquer acusação

Face a esta acusação de Griffin, a Temu emitiu um comunicado à fonte de informação destacada. No entender da marca, é motivo de surpresa e deceção ver as acusações de que são alvo.

"As alegações no processo são baseadas em informações falsas circuladas online, principalmente de um short-seller, e são totalmente infundadas" - referiu o representante da Temu.

Em vez de se “encolher”, a marca ainda reforçou o seu otimismo em termos de crescimento. Como os próprios referem, o foco é o “longo prazo” e todo o “escrutínio” dos últimos dias vai ser insuficiente para abrandar o crescimento da plataforma.

Luís Guedes
Luís Guedes
É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.