A ciência especial está repleta de descobertas fascinantes e agora ficamos a conhecer mais uma delas. Desta feita, foi descoberto um novo planeta, bem distante da Terra, que tem suscitado muita curiosidade junto da comunidade cientifica.
O planeta em causa foi descoberto pela primeira vez em 2020, mas só agora o Telescópio Espacial James Webb captou imagens do mesmo. Este exoplaneta foi apelidado de LTT 9779 b e encontra-se a 262 anos-luz da Terra.
Planeta LTT 9779 b tem o tamanho de Neptuno e é extremamente quente
Foi graças ao Telescópio James Webb que um grupo de cientistas viu, pela primeira vez, parte da atmosfera deste exoplaneta. E aquilo que conseguiram perceber não deixa de os surpreender.
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Louis-Philippe Coulombe, estudioso da Universidade de Montréal, refere que "encontrar um planeta deste tamanho tão perto da sua estrela hospedeira é como encontrar uma bola de neve que não derreteu no fogo". Isto porque a sua temperatura ronda os 2 mil graus Celsius no seu lado diurno.
Para termos de comparação, esta temperatura é superior à da lava. Outras curiosidades deste planeta é que o mesmo é quase 30 vezes a massa da Terra e que um ano dura menos de um dia neste escaldante planeta.
Durante as 22 horas em que os cientistas tiveram a oportunidade de visualizar para o LTT 9779 b, eles perceberam que as suas nuvens são bem diferentes das nossas. Se as nossas nuvens são formadas por vapor de água, as deste planeta são compostas de silicatos, minerais que compõem algumas rochas terrestres.
Foi possível observar essas nuvens do lado ocidental diurno do planeta, mas não na parte oriental mais quente. Os cientistas explicam que isso pode ser um sinal de que ventos fortes transportam elementos atmosféricos pelo planeta.
Foi graças a esta conclusão que eles elaboraram o conceito do LTT 9779 b que já viste mais acima. A ausência de nebulosidade na sua parte mais quente é o reflexo da sua evaporação assim que chegam a esta parte da atmosfera.
Jake Taylor, cientista do departamento de Física da Universidade de Oxford, diz-nos que ainda há muito para descobrir sobre este exoplaneta. O foco dos estudiosos está, atualmente, na estrutura das nuvens do lado diurno do planeta para obter o máximo de informação possível.