Ciência mostra que chorar pode ajudar a carregar a bateria (literalmente)

Luís Guedes
Luís Guedes
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Inovação e tecnologia: eis uma combinação que costuma andar sempre de mãos dadas. Desta vez, a mais recente novidade tem a ver com uma bateria para lentes de contacto inteligentes que foi baseada num… filme da “Missão Impossível”.

Pelo menos é o que o cientista por detrás da invenção refere. De acordo com Lee Seok Woo, no quarto filme da série, um agente utiliza lentes de contacto com a capacidade de fazer reconhecimento facial.

Lee é muito experiente em componentes de baterias

Lente de Contacto
Imagem Ilustrativa (via Copilot AI)

Na altura, parecia ficção científica, mas a questão é que a linha entre esta e a realidade é cada vez mais ténue. Como refere a CNBC, Lee, ao ver essa cena de filme, criou o objetivo de aplicar essa tecnologia à sua maneira.

Desde já, importa explicar o background de Lee, enquanto especialista nesta área. O próprio leciona na Escola de Engenharia Elétrica e Eletrónica da Universidade Tecnológica de Nanyang e é muito experiente em componentes de baterias.

Assim sendo, cedo percebeu que as lentes necessitavam de baterias seguras e robustas, para que o projeto fosse bem sucedido. Associado a isso, estas são bastante finas, com cerca de 0,5 mm, de modo a que não provoquem desconforto.

As tuas lágrimas podem ajudar a carregar a bateria

O mais interessante vem agora: Lee e a sua equipa descobriram que a bateria podia ser alimentada com uma solução salina. O que é que isso significa? Que também as tuas lágrimas podem ajudar a carregar a bateria.

É claro que a bateria também pode ser carregada de uma forma mais ortodoxa, mas apresenta esta alternativa fora do comum. Basicamente, quanto mais chorares, mais as tuas lentes de contacto inteligentes ficam carregadas.

Segundo a CNBC, a capacidade e a voltagem da bateria ainda são reduzidas, o que faz com que a ligação à Internet ainda não seja possível. No entanto, Lee sugere que o próximo objetivo pode passar precisamente por aí.

Na verdade, trata-se de uma inovação que tem bastante potencial, até pelo seu caráter diferenciador daquilo que estamos habituados a ver. Ainda assim, Lee assegura que não tem ideias de ter grandes custos com as baterias, até por causa da sua capacidade.

Como o próprio refere, “assim que entrar em comercialização muito séria, o custo da bateria deverá ser de apenas alguns dólares”.

Luís Guedes
Luís Guedes
É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.