No mercado de veículos elétricos, China e Tesla são já concorrentes de peso, mas parece que podem transferir essa rivalidade para mais uma área: a robótica.
Na conferência mundial de robótica, que decorreu esta semana em Pequim, várias empresas chinesas exibiram os seus robôs humanoides alimentados a bateria, mostrando à empresa norte-americana que não é só o Optimus que pode trabalhar em fábricas.
Indústria robótica chinesa vai usar a mesma fórmula dos veículos elétricos
Segundo a agência de notícias Reuters, a indústria chinesa de robótica está a beneficiar da mesma fórmula utilizada para impulsionar a indústria de veículos elétricos.
Mais concretamente, a robótica chinesa conta também com o apoio governamental, uma cadeia de fornecedores ampla e uma competição implacável de preços.
Por estas razões, Arjen Rao, analista do Instituto LeadLeo Research, sediado na China, disse à agência noticiosa que “a indústria chinesa de robôs humanoides tem vantagens claras na integração da cadeia de fornecedores e na capacidade de produção em massa”.
Até porque conta com o apoio do próprio presidente chinês que é o principal impulsionador da “política de desenvolvimento de novas forças produtivas em tecnologia”, tal como estava explícito num dos folhetos da conferência robótica desta semana.
Pequim e Xangai investem na indústria robótica
Também a nível local, as cidades chinesas estão a fazer o seu próprio investimento nesta indústria emergente. De acordo com dados divulgados pela agência Reuters, Pequim lançou um fundo estatal de 1,4 mil milhões de dólares – cerca de 1,2 mil milhões de euros – para esta indústria em janeiro.
A cidade de Xangai não ficou atrás e já anunciou planos para criar um fundo no mesmo valor de 1,4 mil milhões de dólares também para a indústria de humanoides.
E este pode ser um investimento facilmente recuperável. Tudo porque a empresa Goldman Sachs já previu que o mercado global anual de robôs humanoides ia atingir os 38 mil milhões de dólares (aproximadamente 34 mil milhões de euros) até ao ano de 2035.
Saliente-se ainda que a Goldman Sachs prevê que nesta altura tenham já sido vendidos aproximadamente 1,4 milhões de robôs humanoides tanto para aplicação na área industrial como também para casas particulares.