O governo chinês confirmou que irá estabelecer uma lista de entidades de pouca confiança, que poderão colocar em risco os interesses de empresas domésticas. Na sua essência, a China está a preparar uma lista negra que poderá ser a 'arma' perfeita para responder ao ataque lançado pelos Estados Unidos à Huawei.
Está longe de ser confirmado quais os nomes que irão constar na lista negra da China, mas deverá ser garantido que todas as empresas que cortaram relações com a Huawei terão lugar reservado. Além disso, se o governo chinês quiser realmente afetar os Estados Unidos, existe uma grande possibilidade de colocar também a Apple nesta lista.
Caso isso aconteça, irá acontecer contra vontade do fundador da Huawei. Relembro que recentemente em entrevista à Bloomberg, Ren Zhengfei afirmou que seria o primeiro a protestar contra medidas tomadas neste sentido. "Apple é o meu professor. Está à nossa frente. Como um estudante, por que haverei de me opor ao meu professor? Nunca faria isso", disse Zhengfei durante a entrevista.
Uma guerra política que não traz benefícios 'a ninguém'
A guerra política/comercial entre os Estados Unidos e China já se arrasta há muito tempo e, cada vez mais, acumula danos colaterais que não trazem benefícios para 'o povo'. Certamente que muitos indivíduos que ocupam altos cargos terão muito a ganhar com estas batalhas. No entanto, o utilizador comum, já está a sofrer as consequências desta batalha política, e não há indícios de que possa melhorar em breve.
Depois de várias tentativas falhadas de negociação entre Donald Trump e o governo chinês, os ataques às empresas tecnológicas foi a estratégia implementada, sendo a ZTE e Huawei as primeiras vítimas.
As mais recentes ações sobre a Huawei, que a colocaram na lista negra dos EUA, tiveram consequências imediatas que poderão lesar gravemente a fabricante chinesa.
Ainda não se sabe bem quais serão as consequências a longo prazo para a longevidade e sucesso da Huawei, mas o futuro não parece 'sorridente'. O pior é que os maiores lesados acabaram por ser os utilizadores que nada têm a ganhar com estas batalhas. Um dos resultados inevitáveis destas guerras será a subida nos preços e um grande limitar na oferta de smartphones.
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