ChatGPT farto de "copiões" pensa complicar-lhes a vida desta forma

Luís Guedes
Luís Guedes
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Para quem se habituou a copiar e a colar informação direta do ChatGPT, há notícias não muito animadoras. Ao que tudo indica, a OpenAI, empresa detentora do ChatGPT, está com ideias de identificar o conteúdo escrito por Inteligência Artificial (IA). Ou seja, de notificar que o texto copiado e colado é da autoria da plataforma.

De acordo com o The Wall Street Journal (TWSJ), não é algo propriamente difícil, até porque a OpenAI identifica as semelhanças com muita precisão. Ao que tudo indica, será introduzida uma marca d’água no texto.

Como funcionará ao certo este recurso?

ChatGPT

Efetivamente, ainda não conseguimos ter uma noção concreta de como se vai aplicar esta medida da OpenAI. No seu próprio blog, a empresa de IA explica alguns dos motivos que fazem com que ainda não tenha procedido a esta estratégia.

Desde já, um dos receios é que “o método de marca d'água de texto [tenha] o potencial de impactar desproporcionalmente alguns grupos. Por exemplo, pode-se estigmatizar o uso de IA como uma ferramenta de escrita útil para falantes não nativos de inglês” - refere a OpenAI.

Esse é um dos motivos pelo qual a OpenAI ainda está a estudar soluções para resolver este problema. Também é expectável que a marca d’água possa ser menos eficaz, no que toca a tradução de texto ou reformulação através de IA, segundo a mesma fonte.

Todos esses aspetos estão a ser consideráveis, nesta fase. Resta esperar para ver de que forma a OpenAI combate os “copiões” da IA e quando chegam as novas funcionalidades. Ainda assim, uma coisa parece certa: a medida é para avançar.

O “dilema” ético

Efetivamente, o uso do ChatGPT acaba por ser um “dilema” ético. Esta reportagem feita pela TSF, sobre um aluno universitário que usou o ChatGPT num exame, pode ser considerado um exemplo paradigmático disso.

Por um lado, as suas potencialidades são inegáveis e podem ser uma grande ajuda, tanto em contexto de trabalho como para os estudantes. O problema é que, em muitos casos, “substitui” indevidamente o papel humano. Por essas duas nuances, a OpenAI procura, no fundo, uma forma de regular o papel da IA na criação de conteúdo escrito.

Luís Guedes
Luís Guedes
É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.