Na última edição da Web Summit em Lisboa, o primeiro-ministro Luís Montenegro surpreendeu tudo e todos com o anúncio do primeiro grande modelo de linguagem (LLM) de Inteligência Artificial 100% português.
Agora foram revelados mais pormenores sobre este “ChatGPT” nacional. Nomeadamente o seu nome Amália e que a versão final e estável vai ser lançada em 2026.
Versão beta em 2025 e versão definitiva em 2026
Logo na noite de abertura da edição deste ano da Web Summit, ficámos a conhecer o modelo LLM de inteligência Artificial 100% português Amália. Na altura do anúncio, Luís Montenegro anunciava orgulhosamente que o modelo tinha chegada prevista já para o próximo ano.
Mas agora, numa entrevista à agência de notícias Lusa, Paulo Dimas, CEO do Centro para a IA Responsável, esclarece que no próximo ano, durante o primeiro trimestre, será disponibilizada uma versão beta da plataforma Amália.
Só posteriormente, em 2026, é que este “ChatGPT” português será lançado na sua versão final e definitiva.
O mesmo responsável esclarece que a equipa responsável pelo desenvolvimento da plataforma Amália tem já uma grande experiência na área e é constituída por entidades como o Instituto Superior Técnico, a Faculdade de Ciências e Tecnologias da Universidade Nova e ainda a Unbabel.
Para responder ao exigente poder de computação necessário para treinar a plataforma Amália, a equipa vai recorrer a um computador que, em parte também é português, mas que fisicamente está na cidade de Barcelona, em Espanha.
3 pontos cruciais da plataforma Amália e as suas aplicações práticas
Ainda em declarações à agência Lusa, Paulo Dimas avança que a plataforma Amália tem três pontos cruciais: preservar a variante linguística (português de Portugal), a representatividade cultural e também a proteção de dados.
O mesmo responsável esclarece ainda que este modelo LLM 100% nacional tem várias aplicações práticas. Como, por exemplo, ajudar doentes ELA (Esclerose Lateral Amiotrófica) a voltar a comunicar.
Outra das suas possíveis aplicações prática será a sua utilização nas escolas como uma ferramenta de ensino que conhece o currículo escolar nacional.
Para já, teremos de esperar até ao primeiro trimestre de 2025 para conhecer a versão beta que irá, com certeza, desvendar já algumas das funcionalidades da plataforma Amália.
