A Qualcomm é uma empresa norte-americana mundialmente conhecida pelo desenvolvimento de processadores para smartphones. Apesar dos inúmeros processos judiciais em que a mesma está atualmente envolvida, a Qualcomm poderá ser adquirida pela Broadcom ainda no decorrer deste fim de semana.
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Os últimos meses têm sido fartos em notícias de processos judiciais entre a produtora dos processadores Snapdragon e a Apple. Temos processos onde a empresa liderada por Tim Cook tem acusado a Qualcomm de inflacionar o preços das suas patentes. Ao mesmo tempo, temos também a Qualcomm a acusar a Apple de vender informações relativas aos seus modems a funcionários da sua concorrente Intel.
Ou seja, temos duas grandes empresas tecnológicas norte-americanas envolvidas em tribunal pelas mais variadas razões. Qual delas tem razão nas suas queixas? A resposta a tal é trabalho para os tribunais envolvidos.
Pois bem, apesar de todos estes litígios a construtora dos processadores Snapdragon parece ser um bom negócio, pelo menos para a Broadcom. Segundo informações do Wall Street Journal, as negociações para a aquisição da Qualcomm por parte da Broadcom já começaram e tal pode vir a ser oficialmente anunciado brevemente.
Mas afinal quem é a Broadcom?
Antes de detalhar os supostos detalhes deste negócio, há que esclarecer quem é a Broadcom. Ora bem, esta é uma empresa que também opera no mercado dos semicondutores. A mesma foi fundada 1991 e a sua sede encontra-se na cidade de Irvine, na Califórnia.
Esta trata-se de uma empresa bem conhecida neste setor, estando ligada a vários vertentes da informática. A Broadcom desenvolve produtos para placas de rede, placas wireless, modems, processadores, switches, chips de Bluetooth e afins.
O negócio da compra da Qualcomm poderá ascender aos 103 mil milhões de dólares
Como vês, possui já uma alargada presença no mercado, num setor que, de certa forma, está diretamente ligado ao ramo de atividade da Qualcomm.
Pois bem, relativamente aos detalhes do negócio que poderá envolver estas duas empresas, segundo o Wall Street Journal, 80% a 90% do mesmo poderá envolver dinheiro, num montante que poderá rondar os 103 mil milhões de dólares. Os restantes deverão ser em ações.
Apesar de este negócio ainda não passar de um mero rumor, o mesmo já teve efeito na cotação em bolsa de ambas as empresas. Do lado da Qualcomm, as suas ações subiram 12.71%, ao passo que as da Broadcom subiram 5.45%.
Vários órgãos de imprensa tentaram já chegar à fala com a Qualcomm, sendo que a empresa se recusou a comentar o assunto. Já do lado da Broadcom, ainda não obtiveram qualquer tipo de resposta.
Caso este negócio se venha a confirmar, e a concretizar, a Broadcom tornar-se-á ainda mais omnipresente no mercado dos semicondutores. Resta-nos agora esperar por um anuncio oficial deste negócio e, caso tal se verifique, conhecer todas as suas implicações.
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