A Brisa, uma das grandes operadoras de infraestruturas em Portugal, poderá estar a diminuir a sua força de trabalho nas portagens das autoestradas ao longo do país, segundo o Jornal de Notícias.
Plano 'Vision 28'
O possível despedimento destes portageiros levou o PCP a requisitar um inquérito ao Ministério das Infraestruturas, no qual afirma que a decisão poderá ser uma ameaça aos trabalhadores e à qualidade do serviço.
A empresa garantiu, no entanto, que não estará a planear despedir os seus trabalhadores - o plano em causa, denominado 'Vision 28', terá como fim modernizar as formas de pagamento dos seus clientes até 2028. Contudo, as máquinas E-Toll irão continuar a permitir pagamento em dinheiro e cartão, além de continuarem a ser supervisionadas por câmaras de segurança e pelo sistema de voz para assistência de estrada da Brisa.
Os primeiros movimentos em defesa dos trabalhadores
A presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP), Filipa Costa, acusou também a Brisa de pretender deixar de ter portageiros até 2028. Ainda assim, a empresa garantiu que o plano ‘Vision 28’ “prevê a manutenção da cobrança manual de portagens e não integra nenhum programa de despedimentos” de trabalhadores.
Na resposta a estas acusações,o Governo esclareceu que a Brisa não estará a quebrar o contrato de concessão ao reduzir portageiros, pois mantém a opção de pagamento manual através das máquinas automáticas.
“Há cerca de 10 anos, havia mais de 600 portageiros, neste momento são pouco mais de 200.” “A Brisa reúne-se com cada trabalhador para propor, como alternativa, o melhoramento do currículo para ingresso numa empresa de trabalho temporário ou a passagem a teletrabalho noutras funções dentro da Brisa." frisou Filipa Costa, salientando que a redução está a ser feita há anos e sem despedimentos coletivos. “O serviço nunca será o mesmo. Uma máquina não consegue responder a situações inesperadas como apoiar um deficiente motor, por exemplo.”