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Bilionário quer levar submersível a águas mais profundas que o Titanic

Luís Guedes
Luís Guedes
Tempo de leitura: 2 min.

É sempre com tristeza que se relembra o desastre recente do Titan e até do mais antigo Titanic. No entanto, apesar do perigo que estes submersíveis podem representar, há quem tenha vontade de provar que é seguro.

De acordo com a Sky News, há um bilionário que quer levar duas pessoas a mares bem mais profundos do que o Titanic. Tudo isto porquê? Como referido anteriormente, para provar que a indústria é segura.

O objetivo é provar que o mar é “maravilhoso”, quando estudado da forma certa

Recorde-se que, ainda em 2023, morreram 5 pessoas no Titan, que foi construído pela Ocean Gate. Posto isto, a ambição de provar que é seguro é de um “tubarão” imobiliário de Ohio, Estados Unidos.

Como o próprio refere em entrevista ao The Wall Street Journal, “quero mostrar às pessoas de todo o mundo que, embora o oceano seja extremamente poderoso, ele pode ser maravilhoso e agradável e realmente mudar vidas se você fizer isso da maneira certa”.

No entanto, pode surgir uma questão: se é especialista em imobiliário, como se pode aventurar na área dos submersíveis? Segundo a mesma fonte, o próprio associou-se a um nome forte da área: Patrick Lahey.

Trata-se de um dos nomes mais conhecidos dentro do setor e com uma experiência que fala por si. Este é executivo-chefe da Triton Submarines e, pelos vistos, já pensa neste projeto há mais de uma década.

Ao que tudo indica, o objetivo é fazer a viagem às profundezas oceânicas num Triton 4000/2 Abyssal Explorer. Este terá custado aproximadamente 18,4 milhões de euros.

Submarino
Imagem do Submarino (via The Connor Group)

O submersível deverá chegar aos 4000 metros de profundidade

A título de curiosidade, há uma explicação pela qual o nome do navio tem a referência ao número 4000. Pelos vistos, é precisamente essa a marca de profundidade que se pretende atingir.

Depois do desastre recente, é possível que esta nova intenção de explorar o oceano gere opiniões distintas. De um lado, os mais positivos, que veem aqui uma possibilidade de provar que é seguro. Do outro lado, os que se baseiam no passado recente para avaliar o perigo potencial da operação.

Sendo assim, os visionários deste projeto realçam um aspeto muito importante: há os submersíveis classificados e os não classificados. No fundo, os primeiros representam segurança e os outros o seu respetivo contrário.

Sobre esta intenção de explorar as profundezas do oceano, Lahey recordou com saudade o seu amigo Paul-Henri Nargeolet, que morreu a bordo do Titan, em 2023. Segundo a mesma fonte, o falecimento do amigo ainda o deixa “perplexo”.

Mesmo assim, nada que o demova de voltar a tentar e, no fundo, cumprir um sonho que também era de Nargeolet. Resta esperar se o plano vai mesmo para a frente e se o objetivo principal fica cumprido: provar que este tipo de estudos são seguros.

Luís Guedes
Luís Guedes
É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.