As aplicações móveis transformaram os telemóveis em smartphones (telefones inteligentes). São o fator sine qua non uma plataforma como o Android ou iOS não teria tamanho sucesso com milhões de apps disponíveis para os consumidores, pagas ou gratuitas.
Por outro lado, há aplicações que se alimentam - e às respetivas empresas responsáveis - das nossas informações e dados do utilizador. Apps que nos seguem, recolhem um vasto acervo sobre a nossa atividade e, por fim, com ela capitalizam.
Atenta a esta tendência, a empresa de armazenamento na cloud, a pCloud encetou um estudo no qual apura a quantidade, tipologia e caraterísticas dos dados colhidos pelas mais diversas aplicações para Android. Os resultados são, em boa parte, previsíveis.
Instagram, Facebook e LinkdIn são as apps mais invasivas para Android e iOS
- Instagram - partilha 79% das informações do utilizador com terceiros
- Facebook - partilha 57% das informações do utilizador com terceiros
- LinkdIn - partilha 50% das informações do utilizador com terceiros
- Uber Eats - partilha 50% das informações do utilizador com terceiros
- Trainline - partilha 43% das informações do utilizador com terceiros
- YouTube - partilha 43% das informações do utilizador com terceiros
- YouTube Music - partilha 43% das informações do utilizador com terceiros
As aplicações podem recolher e partilhar desde as informações pessoais ao conteúdo submetido para estas plataformas pelo utilizador. Sem esquecer o histórico de pesquisa e outros dados relevantes para traçar um perfil de utilizador. Este mesmo perfil virtual é estudado ou vendido a terceiros para efeitos de marketing, ou publicidade dirigida com base nas preferências detetadas.
Prática transversal para utilizadores Android e de iPhone
O preço a pagar pela utilização das redes sociais e várias outras apps grátis é quantificado em dados colhidos e vendidos a terceiros, ou usados para efeitos de marketing, ou proveito próprio de empresa.
A pCloud aponta que 52% das apps partilha as informações recolhidas com terceiros. Uma prática comum a ambas as plataformas e altamente lucrativa, liderada pelas gigantes como a Google (YouTube) e Facebook (Instagram, Facebook), entre outras.
O estudo mostra ainda a percentagem dos nossos dados que é vendida a terceiros, recolhida para uso próprio (da empresa), ou usada para outros efeitos como o rastreio do utilizador.
Signal, Clubhouse, Netflix, Microsoft Teams e Google Classroom são bons exemplos
Há, todavia, bons exemplos a apontar como é o caso da Signal, a plataforma de mensagens instantâneas mais respeitadora da privacidade. A esta soma-se a Clubhouse, uma das redes sociais do momento, bem como a aplicação da Netflix.
São estas as apps para iOS que menos informação recolhem, processam e comercializam. Exceções à regra.
As redes sociais são as apps mais intrusivas
Entre os exemplos paradigmáticos temos o YouTube que partilha 42% da informação do utilizador, enviando-a para outro local ou empresa. Isto é feito com o intuito de saber que tipos de anúncios vemos antes, durante, ou no fim dos vídeos, por exemplo.
Ainda assim, o pior ofensor não é o YouTube ou a Google, mas sim o Instagram da esfera Facebook. É esta a app que mais dados vende do utilizador (79%) desde o histórico de pesquisa aos dados e informações pessoais.
Em segundo lugar temos o Facebook (57%) e logo em seguida, a LinkdIn (50%). A estas bem conhecidas seguem-se várias apps de entrega de comida em casa como a UberEats, entre outras rivais.
Sublinhamos, por fim, que a pCloud baseou o seu estudo nas novas etiquetas de privacidade da Apple, presentes no iOS. Esta foi a metodologia usada para dar a conhecer o que cada app fazia com as informações do utilizador.
O estudo pode ser consultado no website da pCloud.
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