Por vezes, pode ser interessante ter em conta as preferências por marcas de telemóveis, em alguns mercados. Na China, por exemplo, ficamos recentemente a conhecer as marcas que venderam mais smartphones, durante o 4º trimestre de 2024.
Os resultados em questão são apresentados num novo relatório da Counterpoint Research. Um dos destaques, logo à partida, pelo menos para quem está habituado à lógica do mercado europeu, é a ausência da Samsung.
Em primeiro, a Huawei. Só depois, a Xiaomi e a Apple, respetivamente.
Como é possível ver no gráfico em cima, houve uma inversão de posições, no top 3 do gráfico. Pelo menos, se tivermos em consideração o 3º trimestre de 2024 (julho a setembro) com os meses de outubro a dezembro.
No 3º trimestre, a líder era a Apple (20,2%), ainda com alguma distância em relação à Xiaomi (16%) e à Huawei (15,2%). No 4º trimestre, a história mudou claramente de figura. A Apple, por exemplo, deu uma queda considerável, do 1º para o 3º lugar, passando dos 20,2% para os 17,1%.
Pelo lado oposto, quem registou uma subida considerável foi a Huawei, com um crescimento dos 15,2% para os 18,1%. Quem se manteve estável foi a Xiaomi, no 2º lugar, ainda que também tenha aumentado as suas vendas, dos 16% para os 17,2%.
O que poderá justificar a queda da Apple?
Como refere a MacRumors, fonte especializada da Apple, um dos fatores que poderá ter levado à queda da participação de mercado da marca, na China, tem a ver com o facto do Apple Intelligence (AI) não ter chegado à região.
Segundo a mesma fonte, este não se encontra disponível na China. Atendendo ao facto do AI ter sido um dos grandes destaques do iPhone 16, é possível que o utilizador chinês tenha sentido menos ímpeto de compra, pela ausência destes recursos de Inteligência Artificial.
Além disso, consta que alguns modelos internos, como o Huawei Mate 70 ou o Huawei Nova 13 têm tido bons desempenhos de vendas, na China. Mesmo com a grande queda da Apple, a empresa da “maçã trincada” continua muito próxima da Xiaomi.
Vale a pena mencionar, ainda, a VIVO, que registou 16,3% de participação de mercado. Desta forma, passou de estar a 5,6% de distância da Apple (3º trimestre), para estar a 0,8% de distância (4º trimestre).