O grupo internacional Euroconsumers, denuncia a utilização de obsolescência programada por parte da Apple. Em causa estão os modelos 6, 6 Plus, 6S e 6S Plus, alvo já de várias críticas perante a lentidão propositada no caso #batterygate.
A gigante de Cupertino já confirmar o sucedido e compensou os clientes lesados nos Estados Unidos da América. Na Europa, vemos agora a Euroconsumers a afirmar que a Apple manipulou intencionalmente a lentidão dos iPhones 6, 6 Plus, 6S e 6S Plus.
O grupo Euroconsumers aponta o dedo à Apple no caso #batterygate
Em comunicado à imprensa, o grupo Euroconsumers é firme na acusação à gigante de Cupertino. Por outro lado, a marca tem vindo a alegar tratar-se de uma atualização para prolongar a vida útil das baterias nestes modelos de smartphone iOS.
A tese não convence o grupo europeu de defesa do consumidor que denuncia agora a utilização de obsolescência programada para incentivar os consumidores a comprarem novos telemóveis, nomeadamente, modelos mais recentes da marca.
Tal como temos vindo a noticiar, nos Estados Unidos a Apple acabou por confirmar o sucedido e compensou os clientes lesados.
A Euroconsumers quer unir a Europa e punir a Apple
No velho continente, nos países que fazem parte da Euroconsumers – Bélgica eEspanha - vão avançar com, uma ação judicial contra a Apple, aos quais se juntarão em 2021, Itália e Portugal acusando a marca de ter atualizado, silenciosamente, o software dos modelos do iPhone 6 sabendo, à partida, as alterações consequentes.
Entre as anomalias causadas destacam-se a lentidão, perda de desempenho e shut down, o desligar aleatório dos smartphones iOS.
O grupo afirma que a Apple procedeu à utilização de obsolescência programada nestes modelos, ou seja, à decisão propositada de desenvolver, fabricar, distribuir e vender este produto para consumo de forma que se tornasse obsoleto ou não funcional. Isto feito especificamente para forçar o consumidor a comprar a nova geração de iPhones num curto espaço de tempo.
A obsolescência programada nos Apple iPhone 6
O movimento criado pelos consumidores americanos contra a Apple foi resolvido fora dos tribunais, tendo a marca concordado em pagar 113 milhões de dólares aos clientes insatisfeitos com o iPhone 6, 6 Plus, 6S e 6S Plus. Assim foram resolvidas as acusações provenientes de 33 Estados norte-americanos.
Na Europa, a Euroconsumers tentou inúmeras vezes chegar a acordo com a Apple procurando, por um lado, uma compensação semelhante para os proprietários destes modelos de iPhones e, por outro, a criação de telemóveis mais sustentáveis.
A falta de uma solução satisfatória leva agora o caso para os tribunais, com uma acusação contra a marca por práticas comerciais desleais, enganosas e agressivas na União Europeia.
Em Portugal, a DECO também prepara uma ação para janeiro, tendo por base o mesmo enquadramento.
A par do prejuízo para consumidores, a utilização de obsolescência programada aumenta os níveis de desperdício eletrónico e surge como uma ameaça para o meio ambiente. Isto numa altura em que a necessidade de uma economia sustentável e de uma transição verde justa é mais urgente do que nunca.
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