Apple. Lucros batem recordes no último trimestre de 2017

Rui Bacelar
Rui Bacelar
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A Apple anunciou finalmente os resultados fiscais relativos ao último trimestre de 2017. O relatório pode ser consultado rumores de que a Apple cortaria a produção do iPhone X para metade provocaram uma queda no valor das acções da empresa. Os investidores ficaram naturalmente assustados com a possível redução de encomendas e o mercado de capitais reagiu imediatamente.

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É óbvio que o volume de encomendas diminuiria eventualmente. Afinal de contas as pessoas compram menos smartphones novos depois das férias. Há um nome para isso, chama-se sazonalidade. Algo que os media aproveitaram imediatamente para criar uma boa dose de manchetes sensacionalistas. Tema que aqui denunciamos na 4gnews.

Note-se ainda que a principal preocupação dos investidores era a possibilidade de os fanáticos da Apple já terem comprado o iPhone X e o preço do dispositivo afastar o consumidor comum. Mais ainda, a recepção algo tépida dos novos modelos da Apple, tendo vendido menos 1 milhão de unidades do que no período homólogo de 2016. Fatores que assustaram os investidores. Sinais de que a Apple está a ficar sem novas ideias. Ou pelo menos assim parecia.

Lucros recorde da Apple no último trimestre de 2017

Mesmo assim os números não mentem. No mais recente relatório fiscal, relativo ao último trimestre fiscal mostra-nos um lucros recorde no fim de 2017. Mais concretamente, os lucros superaram os 88.3 mil milhões de dólares ou 70,3 mil milhões de euros nos últimos três meses do ano.

Números que representam um aumento dos lucros na ordem dos 13%, um crescimento a dois dígitos que certamente apaziguará e animará os investidores. Aqui, o apelo do dispositivo premium foi mais forte do que nunca. A sua fantástica estratégia de marketing fez maravilhas e convenceram milhões de consumidores a comprar o iPhone milionário. O gosto pelo luxo é cada vez mais notório.

Apple iPhone X - Luxo (e lucros) na sua forma mais pura

O departamento liderado por aqui tínhamos abordado.

O Apple Watch também vendeu mais do que nunca e juntamente com as aplicações já representam 16% do total de receitas. Note-se que é uma subida de 2% face ao período homólogo de 2016 em que estes segmentos representavam 14% das receitas obtidas. É um bom sinal para quem investe neste tipo de acessórios.

Termino este artigo com um chavão de Mies van der Rohe para quem, no design, "menos é mais". Algo que parece ser especialmente verdade no caso do iPhone. Este ano a Apple vendeu menos iPhone's mas ao vender cada um com uma maior margem de lucro, os resultados fiscais são animadores.

Mesmo assim não deixa de ser verdade que foram vendidos menos equipamentos e a empresa poderá estar a perder "o génio" e a inovação. Já por outro lado, convencer os clientes a pagar cada vez mais por um produto cada vez mais simples, não deixa de ser uma arte que carece de vários anos de treino.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.