Apple lança aviso massivo aos utilizadores do iPhone contra o Google Chrome? Tudo indica que sim

Pedro Alves
Pedro Alves
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As técnicas de publicidade comparativa e de marketing de guerrilha são usadas há décadas pelos principais gigantes tecnológicos, que muitas vezes procuram promover os seus produtos atacando simplesmente os da concorrência.

Mas numa altura em que as redes sociais e os canais digitais estão no centro de todas as campanhas de publicidade tecnológicas, a Apple decidiu usar também as plataformas mais convencionais para a sua campanha de publicidade mais recente, usando algumas técnicas que parecem desafiar a concorrência.

É uma campanha que promove a App do seu browser Safari, mas que deixa implícito a sugestão de que o Google Chrome não será seguro. O Safari é usado atualmente por cerca de mil milhões de utilizadores, bem atrás dos 3,4 mil milhões estimados para o Chrome.

Campanha Apple de promoção do Safari
Uma das imagens publicadas pelo Daily Mail com a nova publicidade da Apple a promover o Safari, em detrimento do Chrome.
Imagem: @ksailor/X via Daily Mail

Uma questão de privacidade

A campanha da Apple incluiu a colocação de outdoors em vários países e cidades de todo o mundo para promover o Safari, apresentando-o como “um browser que é realmente privado”. Os outdoors incluem ainda como ‘claim’ a mensagem “Privacidade. Isto é o iPhone”.

De acordo com o Daily Mail, é possível encontrar estes outdoors em cidades como Paris, Londres e São Francisco, mas as mensagens chegam também às ruas de Singapura e da Austrália, por exemplo.

A estratégia da Apple, ainda segundo o Daily mail, parece passar por alertar os utilizadores, de forma implícita, para os perigos de usar o browser da Google, que recentemente foi alvo de controvérsias associadas aos cookies e à informação que guarda.

“No início deste ano a Google revelou que guarda os dados dos utilizadores do Chrome, mesmo que estejam a usar o Modo Incógnito” afirmou o especialista em cibersegurança da ESET à revista Forbes.

O mesmo responsável afirmou ainda que “os dados pessoais são tão importantes para as empresas e os termos e condições tão difíceis de entender, que acaba por ser fácil aos utilizadores autorizarem as empresas a recolherem esses dados à sua vontade”.

Mesmo com as decisões que a Google tem tomado para resolver as questões da privacidade, a verdade é que deixa margem para a concorrência usar esses factos como argumento para promover produtos concorrentes.

Pedro Alves
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À paixão da escrita juntou a da Tecnologia e fez disso profissão durante duas décadas.