A Apple não é a empresa que mais smartphones vende, em volume no mundo, mas isso não é necessariamente mau para a empresa. Aliás, isso é agora comprovado pelo novo relatório da agência de estudos de mercado Counterpoint Research.
Segundo o mais recente relatório desta entidade, a linha iPhone foi aquela que mais lucro gerou para a sua empresa no primeiro trimestre de 2021. A Samsung apresenta-se em segundo lugar, imediatamente seguida pela Xiaomi.
42% de todo o lucro gerado no mercado de smartphones é atribuído à linha iPhone
A Counterpoint Research aponta que, no primeiro trimestre de 2021, foram expedidos 354 milhões de smartphones em todo o mundo. Este é um crescimento de 20% face ao mesmo período de 2020, tendo gerado um lucro global de 113 mil milhões de dólares, distribuídos por todas as marcas presentes no mercado.
Aquela que colhe a maior fatia deste lucro é, sem surpresa, a Apple devido à sua linha de smartphones iPhone. Concretamente, estes equipamentos significam 42% dos 113 mil milhões gerados no mercado.
Contudo, isto não significa que estes dispositivos tenham sido os mais vendidos neste intervalo temporal. Em boa verdade, a Apple expediu apenas 16,8% dos 354 milhões que representam o universo em análise.
Estes números são bastante elucidativos da estratégia que pauta as decisões da Apple. A intenção não passa por ser aquela que mais unidades vende em todo o mundo, mas sim por gerar o maior lucro possível para a empresa.
Os iPhone 12 foram os principais impulsionadores dos lucros astronómicos que a tecnológica registou entre janeiro e março deste ano. O destaque recai sobre o iPhone 12 Pro Max, o mais dispendioso desta linha, sendo aquele que maior lucro deu à sua empresa nestes três meses.
Samsung e Xiaomi longe dos valores registados pela Apple
Como já referido, em segundo lugar surge a sul-coreana Samsung, representando apenas 17,5% do lucro gerado neste mercado. É uma diferença abismal para a sua arquirrival e fruto de uma abordagem ao mercado bem distinta.
A Samsung marca presença em todos os segmentos do mercado, desde os modelos mais económicos aos dobráveis com preços proibitivos para a maioria. Mas sendo os seus modelos mais acessíveis aqueles que mais vendem, é natural que o lucro obtido seja inferior.
Note-se, aliás, que os envios subiram face ao período homólogo de 2020, estando agora fixados em 21,7% deste universo. Números impulsionados pela linha Galaxy A, com propostas para diferentes faixas de preço.
A realidade da Xiaomi não é muito diferente, tendo uma diferença entre envios e lucro ainda mais acentuada. No primeiro trimestre deste ano, a tecnológica chinesa expediu 13,7%. No entanto, o lucro respeitante à Xiaomi é de apenas 7,6%.
Um espelho que não deixa dúvidas onde está a real influência da Xiaomi. A empresa chinesa é extremamente popular nos seus dispositivos baratos e isso faz com que os lucros gerados sejam substancialmente menores que algumas das suas maiores rivais.
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