Apple e Samsung estão a perder a corrida do carregamento rápido. Sabe aqui a razão

Mónica Marques
Mónica Marques
Tempo de leitura: 2 min.

Nos últimos anos, muitas têm sido as inovações que chegaram aos smartphones com os dispositivos a serem atualmente máquinas poderosas com a mais recente tecnologia de ponta.

Entre essas inovações, o carregamento rápido tem evoluído bastante, impulsionado pelas marcas chinesas que, a cada ano, o tornam mais célere. Quem está a ficar para trás nesta corrida é a Apple e a Samsung que estão ainda longe de contar com suportes próximos sequer dos 100 watts. E há razões para isso acontecer, tal como te explicamos neste artigo.

Investimento forte em pesquisa e desenvolvimento

Smartphone a carregar
As marcas chinesas já conseguiram ultrapassar o limite de carregamento rápido de 200 watts Imagem gerada por IA Microsoft Designer

Nos últimos anos, as marcas chinesas levaram o carregamento rápido a outro patamar com a Realme a apresentar inclusive um smartphone com suporte de 240 watts (o GT 5).

O avanço nesta tecnologia foi bastante impulsionado por um forte investimento que as marcas chinesas fizeram na área de pesquisa e desenvolvimento. Estes departamentos implicam que as marcas reservem investimento na ordem dos milhões de euros e que tenham tempo para desenvolver e aperfeiçoar a nova tecnologia até que esta fique pronta para ser integrada nos equipamentos.

Tanto a Samsung como a Apple têm, obviamente, na sua estrutura departamentos de pesquisa e desenvolvimento, mas estes estão mais concentrados na criação de novos produtos e não tanto em levar mais longe o que já existe. Um bom exemplo disso são os dispositivos de realidade aumentada de ambas as empresas.

O problema é a bateria

Atualmente, tanto a Samsung como a Apple contam com carregamento rápido que está bastante longe dos já quase habituais 120 watts das marcas chinesas. E ambas as empresas já explicaram que preferem adotar uma abordagem conservadora ao carregamento rápido para proteger e garantir a longevidade da bateria dos smartphones.

Aqui há uns anos, esta justificação fazia todo o sentido, mas hoje em dia com a tecnologia de carregamento rápido já bastante madura e fiável, soa mais a desculpa do que a explicação.

Baterias de duas células e carregadores volumosos

As marcas chinesas têm recorridos a várias soluções para garantir que o carregamento rápido não prejudica, a longo prazo, a saúde das baterias. Uma das soluções mais usadas são as baterias com duas células.

Pelos exemplos já lançados no mercado – como é o caso do iQOO 11 Pro – uma bateria dividida em duas células não só permite acelerar o carregamento rápido de até 200 watts, como também protege a unidade contra um desgaste mais célere.

Outro dos perigos do carregamento mais rápido é o aquecimento dos carregadores e, consequentemente, das baterias dos smartphones. Mas também aqui, as marcas chinesas encontraram solução em carregadores mais volumosos que ajudam a manter a temperatura em níveis “frios”.

As soluções estão encontradas, agora só falta que a Samsung e a Apple deixem de lado a sua abordagem conservadora e abracem as alegrias do carregamento realmente rápido.

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Mónica Marques
Mónica Marques
Ao longo de mais de 20 anos de carreira na área da comunicação assistiu à chegada do 3G e outros eventos igualmente inovadores no mundo hi-tech. Em 2020 juntou-se à equipa do 4gnews. monicamarques@4gnews.pt