A Apple vai deixar de usar modems da rival Qualcomm nos seus dispositivos móveis, favorecendo a produção de chips desenvolvidos em Cupertino.
Johny Srouji, vice-presidente para as tecnologias de hardware da Apple, comunicou a alguns funcionários da marca a intenção de continuar a usar o maior número possível de componentes imaginados nas instalações da companhia, fechando a porta à concorrência.
Rivalidade entre Apple e Qualcomm já é antiga
A tomada de posição acontece dois anos depois da tecnológica californiana ter manifestado pela primeira vez que pretendia colocar ponto final na parceria com a rival Qualcomm.
Ao que tudo indica, a Apple está já a fabricar o seu próprio modem mobile, de forma a processar mais uma transição estratégica para depender cada vez menos de terceiros no processo de fabrico dos seus equipamentos.
Este será mais um passo que a companhia liderada por Tim Cook dá em direção a um ecossistema cada vez mais fechado, mas que não constitui exatamente uma surpresa. Em 2019, a Apple comprou a divisão de modems da Intel por cerca de mil milhões de dólares, e parece começar agora a ver os frutos desse investimento.
Ecossistema da Apple é cada vez mais fechado
Há já muito tempo que é notória a intenção da Apple em depender apenas dos seus próprios recursos para continuar a encontrar soluções que promovam a inovação. Steve Jobs disse um dia, citando Alan Kay, que "se levas o software a sério, tens de fabricar o teu próprio hardware," dando início a uma longa viagem para a independência.
Durante este ano, Cupertino deixou meio mundo de boca aberta com o lançamento de três produtos Mac com processador M1, desenvolvido pelos engenheiros de Apple Park, marcando o arranque da iniciativa para deixar de precisar da Intel como fornecedora de Sistemas em Chip (SoC).
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