Após lançar o digital fingerprinting no iOS 26, a Apple voltou a apertar o cerco contra práticas de rastreamento online com um aviso direto: pare de usar o Google Chrome no iPhone.
Em novo material divulgado pela empresa, o Safari é apresentado como a opção verdadeiramente focada na privacidade, enquanto o Chrome e outras aplicações do Google estariam a recorrer a técnicas cada vez mais invasivas, incluindo a recolha secreta de “impressões digitais” dos dispositivos.
O que é o fingerprinting e por que preocupa
Segundo a Apple, o Safari impede que anunciantes e sites combinem características únicas do hardware para criar uma impressão digital identificável. Ao contrário dos cookies tradicionais, que podem ser desativados pelo utilizador, o fingerprinting é silencioso e não oferece qualquer opção de recusa.
Para minimizar este tipo de monitorização, o Safari “simplifica” a forma como o sistema se apresenta, fazendo com que mais iPhones pareçam idênticos aos olhos das empresas de publicidade. A Mozilla adotou abordagem semelhante no Firefox, reforçando que o setor considera esta técnica um risco crescente.
Mesmo usando Safari, ainda há riscos
A Apple destaca que o Safari oferece prevenção de rastreamento baseada em IA, navegação privada real e proteções reforçadas contra recolha de localização. A empresa afirma que o Chrome não oferece nenhum destes níveis de proteção.
Como observa a Forbes, o alerta não se limita ao Chrome. Mesmo quem utiliza apenas o Safari pode ser exposto devido à integração profunda com os serviços do Google.
Isto porque o Google continua a ser o motor de pesquisa predefinido no iPhone, e as páginas de resultados passaram a exibir um botão chamativo “Experimentar app”, que incentiva a abrir pesquisas diretamente na aplicação Google. Esse simples redirecionamento já pode expor o utilizador ao conjunto de práticas de recolha de dados que a Apple critica.
