Muito se tem falado acerca do robotáxi da Tesla, já que este viu a sua data de apresentação ser adiada. Ainda assim, já conhecemos a nova data estimado e é a 10 de outubro, cerca de 2 meses depois do que chegou a ser previsto.
Quem dá essa garantia é Elon Musk, CEO da Tesla. Ainda assim, o adiamento é algo que não foi muito bem visto pelos investidores. Face ao desalento de não ver a apresentação a 8 de agosto, as ações da Tesla foram caindo, depois de grandes ganhos recentes (via QZ).
O que poderá ter levado ao adiamento?
Puxando a fita um bocadinho atrás, recordemo-nos de quando Musk falou, no dia 15 de julho, sobre a “importante mudança de design na frente” que queria ver nos automóveis.
É previsível que esse ajuste que o CEO da Tesla referiu fosse um dos principais motivos para o adiamento em questão. Apesar de nunca ser agradável ver um grande anúncio adiado, Dan Ives coloca as coisas em perspetiva.
“Embora a reação automática seja claramente negativa quanto ao atraso de 8 de agosto, acreditamos que o momento dos robotáxis, parcerias e a tecnologia autónoma e orientada por Inteligência Artificial (IA) definitiva não muda em nada a nossa tese otimista da Tesla” - referiu o analista da Wedbush Securities.
A Tesla já mostrou que "apresentação", "produção" e "lançamento" podem ser conceitos separados no tempo
A única questão é que pode demorar um pouco mais do que achamos para chegar ao mercado. Se olharmos para a Cybertruck, constatamos que esta foi revelada em 2019 e só se começou a fabricar o veículo em 2023. Este foi lançado no último mês do ano de 2023.
Por isso, desde o anúncio, à produção, ao lançamento oficial, ainda pode ir uma distância significativa, já que a Tesla tem-nos dado exemplos disso mesmo.
De qualquer maneira, é expectável que este investimento em táxis robotizados seja uma grande aposta da empresa de Musk. A própria descrição do CEO da Tesla deixa-nos curiosos, já que este fala numa espécie de “combinação de Airbnb e Uber”.
Atrasos à parte, o robotáxi da Tesla promete, ainda que as ações da marca tenham caído cerca de 6% só na última quinta-feira. Enquanto a marca de Elon Musk não se “mete ao barulho”, há empresas como a Weibo, que continuam a dar cartas neste tipo de transporte.