Google Play Store é a fonte mais segura para as aplicações do Android

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 4 min.

A tecnológica Google partilhou hoje no seu blog oficial alguns dados e métricas extremamente interessantes para todo e qualquer utilizador da Google Play Store para Android.

Com uma equipa de engenheiros, gestores de produto, e vários outros profissionais a trabalhar em uníssono para manter a loja de conteúdos limpa e sem ameaças para a segurança dos teus dados e do teu dispositivo Android. Segundo a publicação no seu blog oficial a tecnológica afirma ter removido mais de 700 mil aplicações que infringiam as regras e condições da Google Play Store.

Vê ainda: d

Este número torna-se relevante quando o pomos em contexto. Estas 700 mil aplicações significam um aumento de 70% nas aplicações removidas, relativamente ao ano anterior de 2016. Cifra que ilustra a tentação cada vez maior que representam as aplicações para dispositivos móveis.

Note-se que a Google não revela o número exato das aplicações removidas da sua Google Play Store, a loja oficial do Android. Posto isto, somos obrigados a sustentar-nos em relatórios e pesquisas de terceiros.

Google Play Store é a loja oficial do Android

Para este artigo utilizaremos os dados da agência Statista. Esta, aponta o número total de aplicações presentes na Google Store em cerca de 2.6 milhões de Apps em dezembro de 2016. Um ano depois, em dezembro de 2017 esta cifra já está nos 3.5 milhões. Quantas dessas aplicações seriam maliciosas é apenas um palpite. Cada um tem o seu e todos eles estão tão certos como o do vizinho.

Tudo o que sabemos é que o número de más aplicações para Android (aplicações com malware por exemplo) removidas da loja, cresceu mais rapidamente do que o número total de aplicações presentes na Google Play Store. Algo que acaba por ser plausível quando olhamos para as afirmações da Google. "99% das aplicações com conteúdo abusivo foram identificadas e removidas antes que alguém as pudesse instalar durante o ano de 2017".

Nº de aplicações para Android na Google Play Store:

Isto foi possível, segundo nos conta a Google, devido à implementação de mecanismos de Inteligência Artificial (o machine learning) na sua Play Store para Android. Algo que demos a conhecer Termos e Condições da empresa). Desta forma, as fontes mal intencionadas vêm frustradas as suas tentativas de "semear" aplicações nefastas nesta loja oficial do Android.

A Google vai mais além e dá 3 exemplo dos tipos de "más" aplicações para Android que removeu em 2017:

  • Copycats /Imitações: Programadores que tentam enganar os utilizadores ao copiarem meticulosamente aplicações famosas. Uma vez que estas aplicações para Android usufruem de uma enorme procura pelo público é fácil perceber o seu apelo. As aplicações "Clone", chegam à Google Play Store através de subterfúgios como a utilização de símbolos Unicode com a única intenção de passarem pelos filtros como sendo uma aplicação original. Em 2017 a Google removeu 250 mil aplicações deste género.

Da imitação ao Malware, os maiores perigos e riscos na Google Play Store

  • Conteúdo Inapropriado: Aplicações para Android que contêm ou promovem conteúdo como pornografia ou violência, incentivo ao ódio ou atividades ilegais. Os mecanismos de Inteligência Artificial revelaram-se de extrema importância e eficácia para a remoção expedita deste tipo de conteúdos. Ajudaram a equipa de inspectores a limpar a loja de aplicações para Android. Em 2017 a Google removeu milhares destas apps para Android.
  • Aplicações Potencialmente Danosas (APD's): Malware que pode afetar o utilizador e o dispositivo Android. Aplicações que executam a fraude com recurso a SMS's de valor acrescentado. Aplicações que agem como trojans, ou que promovem o phishing de informações sensíveis. Encontrar este tipo de aplicações para Android é bastante complicado. Isto porque os programadores não poupam esforços para as tornar o mais herméticas que lhes é possível. Aqui a Google afirma que através do seu serviço ay Protect reduziu imenso a instalação deste tipo de Apps para Android.

A empresa termina com a esperançosa afirmação de que a maioria dos programadores age com as melhores intenções ao criar as suas aplicações para Android. Todavia, existem sempre alguns maus exemplos. Aplicações que acabam por criar o pânico generalizado. Programadores que tentam iludir os mecanismos de segurança. Conteúdo que visa obter o lucro fácil.

Há sempre uma ou outra aplicação nefasta que chega à Google Play Store

Veja-se o exemplo dado pela agência de segurança Check Point. Só este mês de janeiro já encontraram várias aplicações maliciosas. Desde lanternas a malware que apresentava pornografia na Google Play Store.

Este último malware estava presente em 22 aplicações de lanterna. Foi também detetado em alguns utilitários. Entre si teriam mais de 7.5 milhões de instalações. Esteve também presente em vários jogos. Cerca de 60 títulos que entre si obtiveram mais de 7 milhões de instalações em dispositivos Android.

Em suma, existem sempre excepções e maus exemplos que passam sempre pelo crivo desta loja para Android. Todavia, a Google está "extremamente empenhada" em promover a saúde desta sua loja de aplicações. Algo que se deve manter durante todo o ano de 2018.

Assuntos relevantes na 4gnews:

Xiaomi entrará de forma oficial em novo país da Europa

Criptomoedas: Quem são os utilizadores em Portugal? (Questionário)

e é alma do novo smartphone Sharp S3

Via
Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.