Android. 5 coisas que queremos ver no novo LG G7

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 5 min.

Para todos os efeitos, a LG deu um enorme passo em frente quando apresentou o seu G6 no MWC 2017. O smartphone Android representa uma enorme melhoria sobre o seu antecessor, o G5, em todos os pontos. Qualidade de construção, autonomia de bateria, ecrã (agora 18:9) e muito mais. Agora, precisamos de um novo LG G7.

É impossível não cobiçar o ecrã do G6, o seu novo formato 18:9 que acabaria por influenciar toda a indústria mobile em 2017. Acabou-se o formato modular de implementação questionável. Para trás ficou a qualidade de construção questionável. Para trás ficou um um design pouco inspirado. No LG G6 temos todos os pontos essenciais de um ótimo smartphone Android.

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E apesar de toda a sua qualidade implícita, o atraso na chegada aos mercados e a utilização de um processador de 2016 ditaria o seu insucesso. Ou pelo menos, não tão boas quanto a marca necessita. A propósito, veja-se o mais OnePlus 6.

Precisamos de um fator "Wow" neste Android

Dei por mim a pensar. O LG G6 é um excelente smartphone Android. Contudo, ao lado temos os Edge Sense (o tal que se aperta).

Para terem uma hipótese que seja de enfrentarem a concorrência, o LG G7 necessita de um fator WOW. Pode ser o seu Quad DAC. A reprodução de áudio em alta qualidade. Podem transformar o seu próximo Android num dispositivo ótimo para reprodução de música. Podem incorporar dois altifalantes frontais, ou um total de quatro altifalantes. Podem incluir também um par de earphones (auriculares) premium.

1- Um WOW que distinga o novo LG G7 dos demais

Precisamos de um fator WOW que acrescente valor a toda esta linha LG G7. Um fator que os distinga dos demais. Podem até apostar na gravação e edição de vídeo através do smartphone. Mas por favor, não repitam os erros do passado. Veja-se o design modular do G5, um fracasso. O ecrã secundário dos primeiros "V", algo que até era moderamente cativante mas que em última análise nada de novo acrescentava.

Precisamos de um jack de 3.5mm no LG G7

Na minha opinião, por inovação entendo o desenvolvimento e apresentação de novas soluções que facilitem o nosso dia-a-dia. A remoção do jack de 3.5mm é uma tendência impossível de ignorar no mercado mobile. E em que é que isso veio simplificar o dia-a-dia do utilizador? Rigorosamente nada. Se não gostava de fios podia utilizar na mesma a conexão Bluetooth.

Portanto não me venham dizer que compensa não ter o jack de 3.5mm. Ou melhor, até compensa (e bem) se também tiveres um outro produto que querias vender e que, por coincidência do destino, são uns earphones sem fios. Mas pronto, nem todas as marcas possuem o génio da Apple.

E se a Apple ainda tem desculpa para remover a porta jack de 3.5mm, todas as outras fabricantes se o fizerem é claramente para seguir a líder. Nada mais. Nenhuma outra fabricante Android, como a HTC, justificou plausivelmente a remoção desta porta. Criaram um problema. Não uma solução.

2-Salvem o jack!

Remover a porta jack de 3.5mm é uma péssima, péssima ideia. Claro que podes sempre optar por um par de auriculares ou auscultadores Bluetooth. Mas lá está, é mais um investimento que terás de fazer ao passo que praticamente toda a gente tem um ou outro par de fones com fio.

Snapdragon 835 ditaria o insucesso do LG G7

O LG G6 foi lançado em 2017 com o processador Snapdragon 821, o topo de gama da NOVO processador e não o do ano passado.

3- Especificações topo de gama para o novo smartphone Android

Esperemos também que a LG decida utilizar (finalmente) um ecrã OLED e não um ecrã LCD. Algo que é provável que venha a acontecer. Veja-se o LG V30, já equipado com uma tela OLED. Já todos os principais rivais utilizam este tipo de ecrãs que apresenta vantagens significativas na poupança de energia.

Nova Interface e Android Oreo, já!

Agora, algo que pode ir ao encontro ou contra a vossa opinião. Trata-se de um ponto subjectivo. A interface, a UI, o aspecto da interface e da navegação e utilização de um smartphone LG. Aqui...a fabricante sul-coreana sempre teve algumas dificuldades. Não que a sua LG UX seja má...mas também não é ótima.

Até mesmo a Samsung Experience conseguiu fechar a página da TouchWiz. A LG precisa de fazer o mesmo. Peço, quero, uma novo design total da sua interface. Do zero, sem tretas e menos à lá 2013. Sem animações parvas, sons de natureza ou efeitos de transição que me fazem lembrar um jogo de Bingo ao domingo à tarde.

5- Preço competitivo (não superior a 800€)

Sinceramente, e para terminar o ponto anterior, a LG bem que podia e devia olhar por exemplo para a OnePlus. A sua interface retém os aspectos principais do Android puro mas não o torna "demasiado puro". Dota a sua OxygenOS de ferramentas úteis mas que não "enchem" espaço demais num smartphone. Mais uma vez, acredito que este ponto seja bastante subjectivo.

E por último o preço. Bom. Aqui acredito que seja difícil encontrar um LG G7 abaixo de 800€ e sinceramente não censuro (em parte) a marca. Em loja física seria quase humilhante para o seu ego ter um rival dos Samsung Galaxy S9 e iPhone X a custar quase menos 200€ do que estes. Contudo, se custar apenas menos 50 ou 100€ do que os referidos rivais os consumidores não vão pensar duas vezes.

Desta forma, acredito que o seu preço ideal seja mesmo os 799€. Será ainda um dispositivo com uma margem de lucro decente (suposição) e para o consumidor já dará motivos para pensar duas vezes.

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Rui Bacelar
Rui Bacelar
O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.