Os relatórios da Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) ajudam-nos a perceber o contexto das telecomunicações em Portugal. Num dos documentos mais recentes, foi possível entender o cenário dos serviços fixos de Internet de alta velocidade, durante o 2º trimestre de 2024.
Ao olhar para o infográfico abaixo, conseguimos ver, em baixo no canto direito, a cobertura de fibra no mapa de Portugal, dividido por regiões. De um modo geral, as percentagens são semelhantes, exceto numa região em específico: o Alentejo.
Alentejo é a região que tem menos cobertura de fibra
No mapa, vemos que a maioria das regiões, como o Norte, Grande Lisboa, entre outras, têm uma taxa de cobertura de fibra acima dos 90%. A questão é que, bastante abaixo, encontra-se o Alentejo, com apenas 74,3%. Isto tem obviamente uma relação direta com as velocidades de internet que a população dessa região consegue contratar.
No extremo oposto, conseguimos ver que são as Regiões Autónomas que tem uma média de fibra mais elevada. No primeiro lugar deste ranking, encontram-se os Açores com uma média de 99,8%. Imediatamente abaixo fica a Madeira, com 98,5%.
Os números num contexto global
Se olharmos para Portugal como um todo, conseguimos ver que, durante o 2º trimestre de 2024, o número de clientes residenciais de serviços fixos de alta velocidade chegou aos 3,7 milhões.
Ao olhar para o contexto internacional, relatórios recentes também nos indicam que Portugal é um dos países que mais aposta nestes serviços. À data de dezembro de 2023, Portugal era o 4º país da União Europeia (UE) com melhor percentagem de acesso em serviços rápidos de Internet.
Segundo a ANACOM, os valores em questão continuam a crescer, tendo em conta aquilo que se verificou no ano passado, em período homólogo. Ao que tudo indica, houve um aumento de 0,5% nos alojamentos cablados com alta velocidade, em relação a 2023.
Ainda assim, é um abrandamento no crescimento, já que, de 2023 para 2022, o crescimento tinha sido de 1,5%. Apesar dos valores no Alentejo serem menores, há na mesma um crescimento de 2,3% na zona em questão, face ao período homólogo de 2023.