A Huawei deve disponibilizar o seu sistema operativo próprio, apelidado de Harmony OS, para os seus dispositivos móveis a partir do próximo mês de junho. Esta é a sua resposta ao bloqueio imposto pelos Estados Unidos da América e diversas restrições associadas.
Estamos perante uma plataforma equiparável ao sistema operativo Android da Google. Aliás, este pode ser o novo "OS" usado pela Huawei em todos os futuros smartphones e dispositivos móveis a serem lançados no mercado pela fabricante chinesa.
Recordamos que a Huawei foi impedida de negociar com empresas norte-americanas. Algo que não só afetaria as suas fornecedoras de componentes (hardware), como a privaria dos serviços Google (software), mesmo que possa continuar a usar o sistema operativo Android uma vez que este é de fonte-aberta, não pertencendo assim a nenhuma entidade privada.
O Harmony OS é a grande aposta da Huawei
Acima temos a possibilidade de descobrir as principais funções, menus, transições e diferenças estruturais do sistema operativo Harmony OS 2.0 da Huawei. O software está ainda em fase beta, continuando a ser desenvolvido e preparado para o utilizador.
De qualquer modo podemos já ver as principais caraterísticas e novidades da plataforma graças a este walktrough publicado na rede social chinesa Weibo. Estamos perante a versão 2.0 do sistema, integrando já as melhorias preparadas pela fabricante chinesa.
Mais ainda, cumpre destacar que o telefone usado no vídeo é o Huawei Mate 40 Pro, atual dispositivo topo de gama da empresa que chegou a liderar, ainda que brevemente, o mercado mobile.
Visualmente agradável e estruturalmente rápido, esta é a alternativa ao Android
A plataforma da Huawei tem várias semelhanças visuais e estruturais com o sistema operativo Android desenvolvido pela Google. No entanto, há uma notória expediência, ou velocidade na abertura das apps com o Harmony OS 2.0.
Esta velocidade e resposta rápida do smartphone mostra-nos o poder e eficácia do software desenvolvido pela própria fabricante. À semelhança da Apple que prepara o seu iOS para tirar proveito do hardware específico, a Huawei pode seguir este mesmo rumo.
Tal seria benéfico para o utilizador ao receber um telefone mais rápido e otimizado com base nas suas caraterísticas e especificações técnicas. Por outro lado, permitiria à Huawei personalizar a experiência de utilização e contornar possíveis limitações do Android.
Há muito potencial a ser aproveitado com o Harmony OS 2.0 da Huawei
Toda a plataforma está ainda a ser desenvolvida. Por isso e tal como aponta o autor do vídeo, pode ser sentida alguma instabilidade na abertura de jogos, browsers e apps de terceiros. Aliás, este é um dos desafios mais significativos ao desenvolver um sistema operativo próprio, a garantia de compatibilidade de estabilidade com conteúdo de terceiros.
De igual modo, quanto mais específico e seletivo for esse sistema operativo, maior será a sua dependência de apps e soluções próprias. Isto comporta também uma dificuldade acrescida para possível fruição de apps do Android, entre outras plataformas.
Em síntese, há ainda muito trabalho a ter que ser feito pela Huawei, mas os resultados acima apresentados são promissores. Não só o Harmony OS se apresenta elegante e bem trabalhado, como aparente ser bem veloz ao abrir as aplicações instaladas.
Resta ainda saber que pontos estruturais partilha com o Android. Terá o seu kernel próprio, ou foi codificado de raiz? Seja como for contamos com mais respostas a serem avançadas pela própria marca no decurso das próximas semanas.
Visualmente similar à interface EMUI 11, baseada no Android 11, o Harmony OS 2.0 será crucial para o futuro da Huawei.
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