A administração Trump colocaria a Huawei na lista negra dos Estados Unidos da América após ouvir as principais agências de segurança nacional como o FBI e a NSA. Este seria o princípio do fim do crescimento e posição dominante da fabricante.
Gradualmente foram-lhe aplicadas sanções e restrições que viriam a comprometer a capacidade de a tecnológica manter o volume de produção de smartphones ao carecer de componentes essenciais como chips e processadores. A sua posição é bastante delicada.
A venda da Honor agravaria a queda da Huawei
A periclitante posição da Huawei no mercado de smartphones agravou-se em maio de 2019. Desde então, a fabricante deixou de poder usar as aplicações da Google nos seus dispositivos móveis. Este seria o início da erosão da sua quota de mercado mobile.
Outrora força dominante no mercado global de smartphones, atrás apenas da Samsung e temporariamente até ultrapassando esta, a Huawei encontra-se agora na quinta posição, atrás da Xiaomi e da OPPO, segundo dados da Counterpoint Research.
Piorando a situação, no último trimestre a OPPO e a VIVO ultrapassaram a Huawei naquele que fora o seu último bastião, o mercado natal da China. Os dados foram avançados pela agência Counterpoint Research no início de março.
Joe Biden reforça as restrições aplicadas à Huawei
O atual presidente dos Estados Unidos da América e respetiva administração fizeram uma adenda às licenças previamente emitidas que agravam as restrições impostas às empresas que queiram negociar com a Huawei. Na prática, está ainda mais difícil fornecer componentes à fabricante de smartphones, com qualquer componente que possa ser usado para o 5G a ser barrado.
De acordo com a agência Reuters, todo e qualquer componente que possa ser usado pela Huawei nas redes móveis de quinta geração, seja nos seus smartphones e dispositivos móveis, ou na divisão de redes, é alvo de bloqueio.
A esfera de influência norte-americana (empresas sediadas nos EUA e países aliados) estão impedidos de vender à Huawei qualquer componente que encaixe nesta descrição. Para a empresa de Ren Zhengfei é o mais recente agravamento à já péssima situação.
A nova administração vem agravar o bloqueio à empresa chinesa
Inicialmente, as licenças de exportação eram concedidas pelo Departamento do Comércio. Isto após a Huawei figurar na "lista negra dos EUA" em meados de 2019. Agora, as novas condições apertam o bloqueio, aplicando uma retroação às licenças prévias.
Em janeiro de 2021, a administração Trump negou a atribuiu de licenças comerciais especiais a 116 empresas que queriam negociar com a Huawei. Entre si, totalizavam mais de 119 mil milhões de dólares caso a sua atividade fosse aprovada.
Ainda assim, num dos seus últimos atos, a administração Trump aprovaria 4 licenças com um valor de 20 milhões de dólares.
Segundo avança a Reuters, as licenças negadas prendiam-se com três categorias principais de componentes:
- chips de memória
- dispositivos móveis e outros serviços
- aplicações e serviços de redes
Em síntese, há um apertar das condições impostas às licenças previamente atribuídas. Por outro lado, este agravar tende a nivelar as condições impostas às antigas e novas licenças emitidas. Aliás, em alguns casos houve inclusive um aliviar das sanções.
Para a Huawei, a pior notícia reside no facto de o bloqueio ser imposto a qualquer item que possa ser usado em dispositivos 5G. Isto é, qualquer componente que possa ser usado num equipamento que possa vir a ter suporte para as redes móveis de quinta geração.
Mesmo que o componente em si não tenha suporte para 5G, se puder ser usado num produto que o venha a ter, está barrado. Os fornecedores da Huawei estão, em boa parte, impedidos de o ser.
A posição da Huawei continua a deteriorar-se neste início de 2021.
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