A Peugeot é uma marca de referência no setor automóvel, mas as últimas declarações da sua CEO indicam que está descontente com as políticas ligadas aos carros elétricos. No entender de Linda Jackson, existe falta de ajuda por parte dos governos, nos mercados onde a marca se insere.
Segundo a própria, em entrevista à Autocar, a marca apenas pode “fazer algumas coisas”. Neste caso, oferecer diferentes produtos, diferentes gamas e ter uma oferta competitiva. Na parte restante, considera que as entidades governamentais deveriam atuar.
O impacto do apoio dos Governos na venda de carros elétricos
Sobre a necessidade de um apoio por parte dos governos, Linda Jackson recusa-se a referir, ao certo, de que maneira deveria chegar a ajuda. “Não vou entrar em detalhes se deve ser através de tarifas ou incentivos, mas é óbvio que estamos à procura de algo para estimular o mercado” (via Razão Automóvel).
Mesmo assim, a CEO da Peugeot acredita que a marca francesa tem “todas as ferramentas” para poder prosperar em 2025 com novos produtos. No entanto, não deixou de mencionar, no seguimento das declarações anteriores, que as possibilidades da marca são “limitadas”.
Uma área relacionada com os carros elétricos, onde os governos também deviam atuar, na ótica de Jackson, é nos veículos usados. A representante da Peugeot crê que este também é um “caminho importante” para familiarizar os utilizadores com este tipo de carros.
Tem havido queda na Europa, mas Portugal é uma das exceções
Se olharmos para os valores deste setor, conseguimos constatar que tem havido uma queda de vendas. Em 2024, por exemplo, até ao mês de novembro, foi-se observando uma queda de 5,4% na venda de carros elétricos, na Europa.
Curiosamente, e tal como a 4gnews noticiou recentemente, Portugal é um dos países onde não se tem sentido essa queda transversal à maioria dos países Europeus. Segundo o ACP, até ao fim do mês de setembro, tinha-se verificado uma subida de 6,1% na procura destes automóveis.
Já na Alemanha, por exemplo, o mesmo período ficou marcado por uma descida de 32% na compra de veículos elétricos. Vale a pena referir que, em terras germânicas, deixaram de existir apoios para comprar este tipo de automóveis.