À procura do OnePlus Y: o gama média de 2016

Tiago Vahía Pessoa
Tiago Vahía Pessoa
Tempo de leitura: 2 min.

A OnePlus é uma empresa jovem. Fundada dia 16 de Dezembro de 2013 ficou conhecida pela sua capacidade de nos oferecer um smartphone de topo por ano (tanto a nível de hardware, software e qualidade de construção) a um preço super interessante: os chamados flagships killers.

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Primeiro o OnePlus One, posteriormente o OnePlus 2, passando pelo saudoso OnePlus X (que apesar do seu sucesso foi descontinuado) e este ano o OnePlus 3. Até aqui tudo bem, tudo parecia que a ideologia da empresa chinesa passaria pela aposta em excelentes produtos a um bom preço.

Porém, com a apresentação do OnePlus 3T surge um conjunto de questões sobre as quais é difícil responder. Mas afinal qual o propósito deste novo flagship? Qual o interesse? Qual é o mercado a que ele se destina? O OnePlus 3 não é bom o suficiente? Porquê já 6 meses depois?

Como disse, a OnePlus é uma empresa jovem e durante os dois primeiros anos foi considerada uma empresa muito imatura. É consensual que a empresa começou a "crescer" aquando o lançamento do OnePlus X e depois demonstrou um amadurecimento tremendo com o OnePlus 3. Foi mesmo considerada uma empresa "adulta" pelos suspeitos do costume: os Tech Writers e os analistas.

Mas este lançamento do OnePlus 3T vem revelar que a empresa ainda não é adulta. Pelo contrário, deve estar a passar pela "puberdade". É como aqueles adolescentes pseudo-rebeldes que um dia acordam e decidem reinventar a roda, e mudar o mundo, presos a um lirismo característicos da sua tenra idade. Será isso mau? Não, claro que não! Sejamos jovens à vontade. Porém, não era o que seria de espera por parte de uma empresa que já deu provas de ser um sucesso.

O que seria então de esperar por parte da OnePlus? Parece-me óbvio: um flagship lançado por ano e um gama média lançado no final do ano seguinte com alguma reciclagem do hardware do flagship do ano anterior. É um conceito simples, clean até (que agora está muito na moda) e que já deu provas de proliferar. Por exemplo veja-se o que aconteceu com o OnePlus X que foi uma espécie (para não dizer literalmente) de um OnePlus One dentro de um corpo diferente. Ou seja, um gama média lançado no final de 2015 com as especificações do flagship de 2014. E o mercado gostou, adorou!

Seria de esperar, por isso, que em vez de um upgrade ao OnePlus 3, tivéssemos agora um OnePlus 2 dentro de um OnePlus Y por cerca de €300, mais coisa menos coisa. E o mercado iria adorar, de novo.

Mas a OnePlus é uma empresa jovem e crescer seria sinónimo de assentar, de criar compromissos e consistência no lançamento de produtos. Porém, não nos podemos esquecer que da parte deles: Never Settle.

Será isso mau? Só o tempo o dirá.

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