Elon Musk é uma figura bastante mediática e, como todos sabemos, nem sempre é consensual nas suas opiniões. Um dos "takes" mais recentes do magnata de 54 anos foi acerca do mundo do trabalho no futuro. Do ponto de vista do dono da Tesla, dentro de 10 a 20 anos, já não será preciso trabalhar.
Para muitos, certamente será uma notícia animadora. Mas por outro lado, coloca-se outra grande questão: a confirmar-se a teoria de Musk, qual é o propósito humano, no dia a dia? As palavras de Elon Musk foram proferidas no U.S.-Saudi Investment Forum, em Washington, tal como cita a Fortune.
Trabalho: uma obrigação ou algo opcional?
Ao passo que hoje em dia o ser humano é "obrigado" a trabalhar, Musk acredita que o trabalho se tornará em algo meramente opcional. O próprio deu ainda um exemplo que põe em perspetiva a utilidade do trabalho, no futuro. “Se quiser trabalhar, é como ir ao mercado e comprar legumes, ou cultivar legumes no seu quintal. É muito mais difícil cultivar legumes no quintal, e algumas pessoas ainda o fazem porque gostam de cultivar legumes”.
Na prática, Musk vê o trabalho como uma espécie de hobby, no futuro. É uma realidade difícil de imaginar, mas já se sabe que o ser humano é um "animal de hábitos", com uma grande capacidade de se reinventar. Contudo, as previsões deste cenário não são as melhores. De acordo com a psicóloga Elizabeth Bonawitz, de Harvard, o trabalho “parece ser o caminho principal, talvez o único, pelo qual podemos satisfazer certas necessidades, como as de competência e maestria, e talvez até mesmo de autoconhecimento. Não as conseguimos alcançar sem nos esforçarmos".
Não é só Musk que antevê uma menor relevância do trabalho
Nesta previsão de que o trabalho perderá a sua relevância, Elon Musk não está sozinho. Também Bill Gates já se pronunciou várias vezes sobre o tema, dando a entender que vêm aí mudanças significativas. Desde logo, o criador da Microsoft considera que a Inteligência Artificial vai permitir que se torne norma uma semana de 2 dias de trabalho.
Gates chegou também a falar sobre as poucas profissões que, no seu entender, irão resistir à evolução tecnológica. Este acredita que apenas haverá espaço para desenvolvedores de software, especialistas em energia e biólogos.
