A perigosa app do Facebook que permitia reconhecer pessoas com o smartphone

Rui Bacelar
Rui Bacelar
Tempo de leitura: 2 min.

O Facebook é a rede social - e grupo empresarial - que mais novidades coloca no mercado, com muitas ferramentas a integrarem as versões finais das apps mais estabelecidas, ao passo que outras não passa da fase de testes beta. Agora chega ao nosso conhecimento que a empresa voltou a dedicar a sua atenção a uma poderosa ferramenta de reconhecimento facial.

A segurança é um dos pilares a reforçar, sobretudo após testarem uma função que armazena os dados biométricos do rosto dos utilizadores. Através da aplicação de uso interno era possível identificar pessoas ao apontar-lhes a câmara do smartphone.

A "arma" de reconhecimento facial do Facebook

Segundo avança a publicação BusinessInsider, o Facebook criou uma aplicação de reconhecimento facial bastante avançada ao ponto de identificar os utilizadores da rede social em escassos segundos. Para tal, bastará apontar-lhe a câmara do smartphone.

A ferramenta teria sido abandonada pela empresa de Mark Zuckerberg devido à controvérsia que em torno dela se gerou no passado, mas de acordo com a fonte supracitada, a tecnológica voltou a pegar neste projeto. As razões para tal não são conhecidas.

Colhendo o testemunho de várias fontes que preferiram manter-se anónimas, a BusinessInsider refere que esta ferramenta é de uso exclusivo de alguns colaboradores da rede social. Uma "arma" que lhes permite identificar os utilizadores da rede social com o smartphone, algo que pode agilizar o seu trabalho no seio da empresa.

Partindo das identificações nas fotos do Facebook

Qualquer utilizador pode ver no Facebook a opção de identificar outros utilizadores nas fotografias submetidas para a plataforma. A rede social até te ajuda a identificar as pessoas, colocando automaticamente um quadrado no rosto dos teus amigos/familiares. Isto é um pequeno exemplo prático do sistema de reconhecimento facial em prática.

Sabemos que esta ferramenta existe e que terá sido apresentada pela primeira vez durante uma reunião interna em 2015. Entretanto, o público não veria as suas capacidades em ação a não ser no exemplo colocado acima, do reconhecimento nas fotos.

Essa mesma ferramenta terá estado disponível para o staff a partir de 2016, ainda que em versão beta, com capacidades promissoras, mas, em simultâneo, preocupantes.

Apela-se à responsabilidade no uso, mesmo que interno, da ferramenta de reconhecimento facial

A aplicação era capaz de reconhecer um utilizador em apenas 5 segundos. Este era o tempo necessário para mostrar o seu nome e foto de perfil na rede social.

Entretanto, o Facebook confirmou a existência de tal aplicação, mas na altura um porta-voz da empresa assegurou que o reconhecimento facial aplicava-se estreitamente aos colaboradores, ao staff da gigante norte-americana e aos seus amigos que haviam autorizado a utilização deste recurso.

Fosse ou não de uso limitado, a ferramenta pode ter sérias implicações se usada indevidamente. O risco para a privacidade do utilizador comum é bem notório caso, por exemplo, algum colaborador decida espalhar esta app pela Internet.

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Rui Bacelar
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O Rui ajudou a fundar o 4gnews em 2014 e desde então tornou-se especialista em Android. Para além de já contar com mais de 12 mil conteúdos escritos, também espalhou o seu conhecimento em mais de 300 podcasts e dezenas de vídeos e reviews no canal do YouTube.