A falar para o robot? Google "revolta" funcionários com IA polémica

Luís Guedes
Luís Guedes
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O mundo tecnológico da atualidade é, cada vez mais, pautado pela Inteligência Artificial (IA). Nesse setor, destacamos algumas gigantes como a Apple, a Samsung ou a Google. O problema é que, na última empresa referida, a IA tem gerado alguma controvérsia.

De acordo com a Phone Arena, os funcionários da Google estão tudo menos satisfeitos com uma nova forma de IA que a marca tem usado. Ao que tudo indica, a empresa tem usado IA para moderar reuniões, o que causa alguns “anticorpos” nos trabalhadores.

IA “conta” por outras palavras as questões dos funcionários aos superiores hierárquicos

O recurso chama-se “Ask” e, supostamente, tem sido usado nas reuniões de sexta-feira da Google. Esta, na prática, serve como intermediário entre os executivos e os trabalhadores. No fundo, reformula as questões feitas pelos próprios e apresenta-as de forma resumida.

O que tem incomodado alguns funcionários é que essa forma de usar IA muda o tom das críticas, em alguns casos. Segundo a mesma fonte, houve quem dissesse que o “Ask” torna as perguntas mais suaves, ou as críticas menos incisivas, sempre que o sistema sente um tom menos agradável nas queixas.

Google IA Polémica
Imagem Ilustrativa (via Copilot)

Por isso mesmo, consta que tem crescido algum descontentamento na Google, por haver um alargamento de distâncias entre funcionários e superiores. Nesse sentido, alguns funcionários, que preferem manter o anonimato, manifestam o desinteresse em ir a reuniões e fazer perguntas.

Afinal de contas, veem nesta ferramenta uma ideia que afeta negativamente a troca de ideias entre quem gere e quem é gerido. Há inclusive quem refira que o “Ask” pode contribuir para “desviar” o contexto de algumas questões.

Google refere que a abordagem tem aumentado a interação

Por mais estranho que pareça, até por causa do mau feedback que os funcionários têm dado, a Google vê com sucesso esta medida. Segundo a empresa em questão, esta nova abordagem de IA conseguiu gerar o dobro das perguntas face ao que se verificava.

Como refere a Google, antes, só 1% dos funcionários é que colocavam questões nas reuniões. Supostamente, esse valor terá aumentado. No entanto, não deixa de ser discutível esta nova forma da Google interagir com os funcionários.

Por um lado, é possível que seja mais prático para a Google inteirar-se dos problemas com a ajuda da IA. Por outro, faz sentido que os funcionários não gostem de ver as suas questões a serem modificadas por um assistente de IA.

Luís Guedes
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É apaixonado pela escrita. Desde tecnologia, a entretenimento, passando sempre pela música e pelos livros, o Luís é fascinado por tornar o complexo em simples e o simples em ainda mais simples.